A Polícia Rodoviária Federal, informou, há pouco, que está aguardando as orientações do Governo Federal. Entretanto, seguindo determinação da direção geral da PRF, está orientando os motoristas a retirarem todos caminhões e carretas que estão bloqueando 29 trechos nas rodovias ou no acostamento. Caso se recusem a sair serão autuados. Segundo a assessoria, eles não estão autorizados a tirar os manifestantes à força.
Esta tarde, o governo federal autorizou o uso de forças federais de segurança para liberar as rodovias bloqueadas pelos caminhoneiros caso as estradas não sejam liberadas pelo movimento. O anúncio foi feito pelo presidente Michel Temer, em pronunciamento no Palácio do Planalto. A decisão foi tomada após reunião no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que contou com a participação de ministros e do presidente.
"Quero anunciar um plano de segurança imediato para acionar as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos governadores que façam o mesmo. Não vamos permitir que a população fique sem os gêneros de primeira necessidade, que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas e crianças fiquem sem escolas. Quem bloqueia estradas de maneira radical será responsabilizado. O governo tem, como tem sempre, a coragem de dialogar; agora terá coragem de usar sua autoridade em defesa do povo brasileiro."
Em seu pronunciamento, Temer disse que uma "minoria radical" está impedindo que muitos caminhoneiros cumpram o acordo e voltem a transportar mercadorias. O presidente enfatizou que o governo atendeu às principais demandas da categoria. "O acordo está assinado e cumpri-lo é naturalmente a melhor alternativa. O governo espera e confia que cada caminhoneiro cumpra seu papel".
Conforme Só Notícias já informou , um representante dos caminhoneiros de Mato Grosso acompanha, em Brasília, as negociações com o governo e explicou que o manifesto continua porque dois dos principais itens na pauta de reivindicação – reduções nos preços dos combustíveis com isenção PIS/Confins e aprovação do projeto de política de preços mínimos do transporte rodoviário de cargas para promover condições razoáveis aos fretes em todo o território nacional, mediante tabela elaborada semestralmente pelo órgão competente com valores por quilômetro rodado por eixo carregado e conforme a carga – ainda não foram atendidos no conjunto de medidas anunciadas, ontem à noite, pelo governo federal que alegou 'acordo' para acabar com o movimento.
Segundo o último balanço divulgado pela PRF, às 11h30, 29 rodovias federais estavam bloqueadas no Estado. São eles: Sinop (km 821 região do Alto do Glória, Sorriso (km 746 e 750), Guarantã do Norte (km 1065), Lucas do Rio Verde (BR-163 km 691 e BR-070 km 686), Nova Mutum (km 593), Ponte e Lacerda (km 288), Campos de Júlio (km 1191), Sapezal (km 1120), Comodoro (km 488), Barra do Garças (km 5 e 8), Água Boa (km 564), Campo Novo do Parecis (km 878), Confresa (km 130), Cuiabá (km 504 e 398), Rondonópolis (km 200 e 119), Diamantino (km 613), Primavera do Leste (km 276 e 282), Jaciara (BR-364 km 269), Campo Verde (km 376 e 383), Nova Xavantina (br- 158, no km 650), Matupá (br-163, KM 1042), Alto Garças (BR-364, KM 56), Cáceres (BR-070, KM 735).
Em instantes, mais detalhes