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PRF aponta pequenos congestionamentos devido aos bloqueios dos caminhoneiros

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A Polícia Rodoviária Federal que há congestionamentos nas BRs-163/364 em virtude dos bloqueios realizados pelos caminhoneiros. Por volta das 10h, foram registrados um quilômetro de filas em Lucas do Rio Verde; cerca de dois quilômetros em Rondonópolis; meio quilômetro em Nova Mutum e cerca de 600 metros em Diamantino. Em Sorriso, há bloqueio, porém, não foi confirmado o tamanho da fila de veículos no local.

Atualmente há sete pontos bloqueados nestas duas rodovias. Na BR-163 há manifestos em Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso. Já na BR-364, dois pontos em Rondonópolis e outros dois em Diamantino.

Em alguns trechos foram colocados cones e pneus na rodovia. Motoristas ficam fazendo controle e liberando a passagem de carros, caminhonetes, ônibus e motos. O protesto é por tempo indeterminado e há previsão de mais adesões de caminhoneiros em Tangará da Serra, Guarantã do Norte, Matupá, Alta Floresta e Tapurah, segundo a coordenação do manifesto.

Conforme Só Notícias já informou, a reunião que poderia evitar estes bloqueios foi realizada ontem entre representantes dos caminhoneiros e governo federal, na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília. No entanto, a mesma terminou sem acordo para estabelecer preço mínimo para o frete.

“Creio que movimento será mais forte que o anterior. Estamos muitos unidos e o governo justificou risco de inconstitucionalidade da tabela do frete e deve estar tendo pressão muito forte de determinadas entidades representantes das tradings (multinacionais do agronegócio) que tem interesse de fazer a tabela do jeito deles, com valores que eles querem fixar, deixando os caminhoneiros no prejuízo. O governo tem força jurídica mas falta força política para resolver isso", disse, ao Só Notícias, o empresário de Lucas do Rio Verde, Gilson Baitaca, que integra a comissão de caminhoneiros que estava negociando com o governo.

A criação de uma tabela de frete é a principal reivindicação do setor, em nível federal. A proposta da tabela foi apresentada no dia 26 de março em uma reunião com representantes do governo federal. Porém, o mesmo havia pedido um prazo para analisar o contesto e dar uma resposta ontem.

O preço mínimo do frete considera os gastos com o caminhão no transporte como pneus, taxas e combustível. Um dos exemplos apresentados é de um trecho de 600 quilômetros, que corresponde aproximadamente o trajeto de Lucas do Rio Verde a Rondonópolis, em que o preço da tonelada seria de R$ 103,83. Hoje, conforme a representatividade do setor no Estado, o valor é de R$ 90, na safra.

Em Mato Grosso, as BRs-163/364 chegaram a ter oito pontos de interdição em Rondonópolis, Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Diamantino, Sorriso e Sinop, por 12 dias, em fevereiro. A cobrança também foi para reduzir o preço do óleo diesel, o que o governo continua irredutível. No Estado, houve 'congelamento' do índices do ICMS sobre os combustíveis por alguns meses.

A manifestação dos caminhoneiros causou desabastecimento de combustíveis, gás de cozinha e outros produtos em várias cidades do Nortão. O receio é que esta situação volte a ocorrer novamente com estes novos bloqueios.

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