PUBLICIDADE

Presidente manda Funai no Nortão negociar com índios desbloqueio da BR-163

PUBLICIDADE

A Coordenação Regional da Fundação Nacional do Índio de Colíder será responsável por negociar com índios da etnia Terena o desbloqueio da BR-163 entre as cidades de Itaúba e Sinop. Desde segunda-feira, ao meio-dia, os indígenas bloquearam a rodovia, principal que liga o Nortão a capital e demais regiões. Não há previsão para o tráfego ser liberado. Os manifestantes exigiam a presença do presidente substituto da Funai, Aloysio Guapindaia, a quem pretendem apresentar a pauta de reivindicações. No entanto, em Brasília, a determinação do próprio presidente Guapindaia foi para que a representação do órgão em Colíder assumisse as negociações na tentativa de encerrar o manifesto, que hoje entrou no terceiro dia.

A presidência da Funai determinou o deslocamento do coordenador substituto da Coordenação Regional em Colíder, Sebastião Martins, para estabelecer contato com as lideranças Terenas. A indicação para que um servidor da fundação na região assumisse os diálogos baseia-se no decreto de número 7056, de 28 de dezembro de 2009, que diz ser a Coordenação Regional responsável por representar política e socialmente o presidente da Funai na região.

Os indígenas cobram do governo a implantação de uma coordenação técnica local. Em comunicado feito ao Ministério Público Federal em Sinop, informaram que o objetivo da manifestação é reivindicar a criação de um posto da Funai dentro da Terra Indígena Terena na cidade de Peixoto de Azevedo.

O projeto da Funai, segundo os índios, seria o de implantar o posto na cidade de Guarantã do Norte para atender duas etnias conjuntamente: Terena e Panará. Ontem, Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual em Mato Grosso acionaram a Fundação Nacional do Índio, em Brasília, para que enviasse um representante para acompanhar as negociações com índios da etnia Terena.

Em relação ao pleito dos indígenas, a Funai informou, ao Só Notícias, “que a Terra Indígena Terena Gleba Iriri está na jurisdição da Coordenação Técnica Local de Guarantã do Norte, a cerca de 30 km da Terra Indígena”. Segundo a Funai, “esta é uma nova unidade que está em fase de instalação, devendo se concluir em curto prazo, com o intuito de prestar o atendimento necessário às reais necessidades da comunidade Terena da região”.

Na terça-feira, os manifestantes liberaram a passagem de veículos na BR-163 por algum tempo no início da tarde. No entanto, logo voltaram a impedí-la. Em alguns casos, motoristas têm optado por rotas alternativas para continuar a viagem pela região de Mato Grosso. Contudo, algumas delas aumentam a extensão percorrida em mais de 200 quilômetros.

Transtornos
Entre os transtornos ocasionados pelo protesto na região mato-grossense está o prejuízo financeiro gerado a empresários ou mesmo moradores das cidades vizinhas que viajavam para cumprir compromissos de trabalho. Os motoristas pegos de surpresa pelo protesto dos índios da etnia Terena viram-se obrigados a interromper a viagem pela região mato-grossense e aguardar a liberação da via. A Polícia Rodoviária Federal acompanha o movimento, visando evitar conflitos entre índios, motoristas e população.

Leia ainda
Índios não recuam, mantêm BR-163 bloqueada no Nortão e são criticados

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE