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Presidente da Cooperlog critica concessionária por tentar cobrar pedágio de eixo suspenso em Sorriso

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Só Notícias/Cleber Romero (foto: arquivo/assessoria - atualizada às 13h37)

O presidente da Cooperativa de Transportadores e Profissionais da Área de Logística e Transporte de Cargas de Sinop (Cooperlog), Cleomar José Immich, criticou, em entrevista, ao Só Notícias, a atitude da concessionária Rota do Oeste, em tentar cobrar pedágio de uma caminhoneira na praça em Sorriso, que estava com a carreta descarregada e com eixos suspensos, na última segunda-feira. “Não sei da onde a funcionária tirou essa cobrança de uma carreta vazia e com eixos suspensos. Não compensa para o caminhoneiro ficar parando para baixar e subir eixo. O dispositivo que faz esse procedimento fica do lado do caminhão. Não tem lógica ficar parando antes de todas as praças para deixar suspenso. Não ganha nada ficar fazendo esse procedimento para não pagar. Ninguém é louco de andar com caminhão de 50 mil quilos dessa forma e correr o risco de faltar freio. Não tem viabilidade rodar dessa forma”, afirmou Immich.

Ainda de acordo com o presidente da Cooperlog, a atitude da carreteira também foi de revolta por falta de estrutura na via. “O problema é que são pagos pedágios e não existe duplicação da rodovia, acostamentos, condições de tráfego e pessoas perdendo vida em acidentes gravíssimos. São diversos os fatores que levam um caminhoneiro a ficar revoltado. Quem está pagando com a vida são os usuários”.

Em 2018, o Senado aprovou a medida provisória que garante a isenção de pedágio em todo o território nacional para o eixo suspenso dos caminhões que viajem sem carga, uma das iniciativas do governo federal para solucionar a greve dos caminhoneiros.  Segundo o texto aprovado, os caminhões que passarem pelas praças de pedágio com um ou mais eixos suspensos serão considerados descarregados e terão direito à isenção correspondente. A regra já era prevista na lei 13.103, de 2015, que rege o exercício da profissão de motorista, mas era aplicada apenas às rodovias federais e passou a valer também para vias estaduais e municipais.

Conforme Só Notícias já informou, há poucos dias, a motorista, bastante irritada, trancou o acesso à praça de pedágio em Sorriso, atravessando a carreta na pista para impedir a passagem dos veículos no local, após se revoltar com a cobrança feita pela atendente. Ângela Cristina afirmou que a concessionária quis cobrar por um eixo a mais, que estava suspenso. “Isso aqui é um roubo. A estrada está cheia de buraco. Estamos pagando um absurdo para rodar aqui. Uma morte em cima da outra, um tombamento em cima do outro, uma batida em cima da outra, e ninguém faz nada. Então, quando a gente quer pagar o justo, eles também não querem receber”, protestou, em entrevista. Nas redes sociais, sua indignação teve centenas de manifestações de apoio e com mais críticas à concessionária.

Outro lado
Por meio da assessoria, a empresa esclareceu que, diferentemente do informado pelo entrevistado, a companhia não “tentou cobrar os eixos suspensos” do veículo. A motorista, inclusive, pagou somente o número de eixos que o sistema contabilizou, ou seja, cinco eixos. O que houve foi uma discrepância entre a contagem visual da operadora e do sistema automático, o que é considerado normal em um número reduzido de casos. As duas formas existem exatamente para minimizar erros.

O caso seria solucionado sem maiores transtornos ao consultarem o sistema. Porém, o diálogo foi impossibilitado diante do comportamento agressivo da motorista. Sendo assim, os funcionários da Rota do Oeste no local colocaram em prática o protocolo de segurança e deixaram o ambiente, retomando o contato após a chegada da força policial.

A empresa reforçou ainda que em momento algum fez menção sobre a suspensão de eixo em carreta carregada. A empresa preza pelo respeito e atendimento aos usuários, sem qualquer interesse em lesar motoristas com cobranças indevidas nas praças de pedágio.

Já em relação a duplicação, a concessionária reafirmei que tem todo interesse em retomar as obras de grande porte o mais rápido possível e discute com o governo Federal um Plano de Cura do atual contrato atrelado à troca direta do controle da concessionária – e há interessados para tal. Assim, seria estabelecido um novo cronograma para as obras que não foram realizadas até aqui.

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