As 128 famílias que moram no residencial Habitar Brasil serão recadastradas para regularização da documentação. O trabalho está sendo realizado pela Secretária de Assistência Social, Trabalho e Habitação que esteve com uma equipe formada por assistentes sócias, advogados e demais funcionários visitando os moradores e verificando a situação de cada imóvel. Mesmo criado desde 2006, até hoje a situação das famílias residentes continua irregular.
“A proposta do Habitar Brasil é dar casa para quem necessita, mas verificamos que muitas famílias que foram contempladas venderam a casa ou alugaram”, disse o advogado Everaldo de Souza.
“Queremos reparar essa injustiça, analisando cada caso e, assim, contemplar quem realmente precisa dessas casas”, destacou Ivone Costa, secretária de Assistência Social, Trabalho e Habitação.
Durante a vistoria da equipe foram encontradas situações como a da moradora Maria Donizete. Ela e mais seis pessoas residem em uma casa do residencial há quatro anos. Pagam aluguel de R$200 para a pessoa que foi contemplada com a casa e atualmente mora em Cuiabá. “O dinheiro do aluguel faz falta pra gente comprar comida. Ia nos ajudar muito se a gente tivesse uma casa, já fiz várias inscrições” contou.
“Nessa casa mora uma senhora de 80 anos, uma grávida e mais cinco pessoas. Eles pagam aluguel para uma pessoa que foi contemplada com a casa, nunca pagou as prestações e nem mora no município e, mesmo assim, cobra R$ 200 reais dessa família. Não podemos aceitar esse tipo de situação”, protestou Ivone Costa.
As famílias que foram contempladas com as casas do Habitar Brasil, na época, fizeram uma parceria onde ficou acertado que elas pagariam 60 parcelas de R$ 20 reais pela casa. Dessas, apenas oito quitaram as moradias, 101 não quitaram nenhuma parcela. Algumas, mesmo sem pagar pelo imóvel, venderam as casas ou alugaram.