A Prefeitura de Cuiabá ingressou com um pedido de ilegalidade da greve dos servidores da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) na Justiça do Trabalho, na tarde desta quinta (15). De acordo com o secretário municipal de Comunicação, Carlos Brito, a ação foi uma medida de segurança, já que a sociedade tem sido penalizada com a paralisação dos serviços.
Em assembleia realizada na manhã desta quinta, os funcionários da autarquia rejeitaram a proposta de Plano de Demissão Voluntária apresentada pelo município. A prefeitura ofereceu pagamento indenizatório de R$ 15 mil a R$ 25 mil para os trabalhadores que acatarem ao PDV. Contudo, segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Saneamento (Sintaesa), Roberto Fernandes, a proposta excluía o pagamento de indenizações trabalhistas e não garantia estabilidade de seis meses.
Na contraproposta, que está sendo estudada pelo diretor-presidente da Sanecap, Moisés Dias, a categoria pede que seja revisto o teto de R$ 25 mil nas indenizações, estabelecido o pagamento das verbas trabalhistas e determinada a garantia de seis meses. Os trabalhadores pleiteiam que a indenização seja equivalente a dez salários atuais recebido por cada servidor que acatar ao PDV, sendo R$ 15 mil o mínimo admitido.
Conforme Só Notícias já informou, a greve foi deflagrada na segunda-feira (12) e o efeito foi imediatamente sentido pela população que, ontem, fechou duas avenidas da capital em protesto a falta de água. Hoje, segundo Fernandes, cerca de 40% dos servidores estão trabalhando.