O preço do arroz nos supermercados vai cair mais este mês. A previsão, de acordo com os varejistas, é que o valor cobrado pelo produto diminua entre 5% e 10%. A razão para a alteração – para baixo – nos valores é motivada pelo início da colheita do produto em Mato Grosso. Segundo o presidente da Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat) Kássio Catena, ainda não se é possível estimar o novo preço. “Mas é fato que no início da colheita o valor cobrado pelo produto no varejo apresente redução”. Conforme ele, o preço do saco de 5 quilos do arroz custa entre R$ 6 a R$ 8 no varejo estadual, cujo preço varia dependendo do tipo e da marca do produto.
O diretor da rede de supermercados Modelo, Altevir Magalhães, prevê que a redução para o consumidor pode chegar a 10%, variado de acordo com o estabelecimento. “Teremos mais arroz disponível no mercado e com isso a tendência dos preços é de queda”. No entanto, o setor industrial do grão alerta para um possível atraso na colheita, em função das chuvas.
Desse forma, o mercado continuará sendo abastecido pelo arroz comprado na região Sul do país, mantendo os preços praticados atualmente nos pontos de vendas do Estado. O vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz de Mato Grosso (Sindarroz), Joel Gonçalves Filho, explica que se houver atraso na colheita do grão as indústrias irão solicitar ao governo do Estado a prorrogação da medida que garante a isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) para a importação interestadual de arroz.
O incentivo, que foi concedido em novembro de 2010 e acabaria no final deste mês, poderá ser prorrogado até fevereiro. Gonçalves Filho destaca, porém, que essa situação de ter que importar o produto de outros estados não irá se repetir em Mato Grosso.
Ele explica que o desabastecimento do mercado local forçou a importação do arroz. “Em função do aumento da produção no Sul do país, aliado ao estoque de passagem da região que soma 2 milhões de toneladas e o excedente da produção em Mato Grosso, os preços ao consumidor ficarão mais atrativos este ano”. O presidente diz que o excedente de arroz já considera a redução na produção, que deve diminuir de 740 mil de toneladas para 510 mil (t) nesta safra em Mato Grosso. “E temos um consumo de 220 mil (t) ao ano”.