O PR firmou entendimento com o PSB para que as duas siglas se fortaleçam mutuamente com vistas às eleições de 2014, é o que afirmou o presidente estadual do PR, deputado federal Wellington Fagundes, que se reuniu ontem com o presidente provisório estadual do PSB, prefeito de Cuiabá Mauro Mendes.
De acordo com Fagundes, o senador Blairo Maggi (PR) e o prefeito de Cuiabá, não serão candidatos em 2014, mas são os maiores líderes para dar respaldo à disputa no próximo ano. "Estivemos reunidos ontem e firmamos entendimento de fortalecer os dois partidos", informou.
Contudo, o cenário de possível aliança entre PR e PSB deixa nebuloso o futuro dos partidos, já que o PSB deixou a base da presidente Dilma Rousseff para trabalhar pela eleição do presidenciável, presidente nacional da sigla, governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Já o PR permanece na base governista, mas Fagundes afirma que o partido está livre para firmar alianças nos Estados, independente da conjuntura nacional. "O PR não possui candidato a presidente ou a vice-presidente, a coligação nacional será uma, e o partido estará livre nos Estados para firmar alianças", pontuou o deputado.
Sobre distanciamento com o PMDB, já que o PSB atua como oposição à gestão estadual, e tende a apoiar a candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao governo do Estado em 2014, Fagundes não evidencia uma ruptura, porém, deixa no ar. Por reiteradas vezes, dirigentes do PR em Mato Grosso têm alegado que "alianças não são eternas", sinalizando para um possível rompimento com a gestão Silval Barbosa (PMDB).
Fagundes explica que as siglas devem trabalhar para este projeto futuro, cuja expectativa é de que dois partidos fortalecidos possam viabilizar candidaturas para governo do Estado e Senado.
Deputada estadual pelo PSB e vice-presidente estadual da sigla, Luciane Bezerra, avalia que o PR possui densidade eleitoral, conta com líderes expressivos e uma bancada forte, e que se vier a somar o projeto do partido, será muito bem-vindo. "Se o partido vier a construir o projeto em conjunto, já sabe que o PSB trabalha por uma candidatura, e que será de oposição, se ficar desconfortável será para o PR, mas se tiver condições de realizar um trabalho individual nos Estados, o partido está aberto", disse Luciane.
A deputada reitera que o PSB continuará com o mesmo posicionamento, sendo oposição tanto ao governo federal quanto ao estadual.
Principal liderança da sigla, senador Blairo Maggi já afirmou ser "simpático" a candidatura de Taques ao governo, mas, por outro lado, agora trabalha para viabilizar possível candidatura do primo Eraí Maggi, mas que deve se filiar a uma sigla da base de Dilma.