Todos os pousos e decolagens no aeroporto regional Adolino Bedin, que entrou em funcionamento ano passado, ocorrem com auxílio de Indicadores de Precisão de Trajetória de Aproximação (PAPIs), Estação Prestadora de Serviço de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA) e Navegação de Área (Rnav) – (Random Navigation, em inglês), que possibilita aproximação maior das aeronaves através de marcação do Global Positioning System (GPS) em dias de condições climáticas desfavoráveis. Os equipamentos estão em funcionamento desde junho do ano passado, quando ocorreu a inauguração oficial da unidade aeroportuária. Há poucos cancelamentos de voos em dias quanto tempo não está bom.
Segundo a assessoria da prefeitura, a documentação e instalação dos equipamentos ocorreu através de uma parceria público-privada administrada pela Comissão Pró-aeroporto formada por empresários, agricultores e comerciantes por aproximadamente R$ 2 milhões. Além disso, a empresa ficou responsável pelo acompanhamento burocrático documental e homologação junto ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) e os demais órgãos da Aeronáutica.
O superintendente aeroportuário, Victor Silva, explicou, ao Só Notícias, que antes de ocorrer homologação houve a necessidade de implantar o mínimo de segurança na unidade. “Havia necessidade do balizamento, ter um farol rotativo, estação meteorológica, biruta ilumina [indicador de direção do vento]. Após essa composição começou o processo de implantação EPTA. Gastamos em média cerca de três meses para montagem deste estação. A homologação ocorreu dentro de um prazo de cinco meses. Estalamos os PAPIs, que foram colocados em seis meses e depois solicitamos uma nova autorização do pessoal do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV). Eles fizeram o voo de reconhecimento e os ajustes necessários nos equipamentos. Depois dessas duas etapas entramos com o procedimento para implantação de Navegação de Área (Rnav). Ou seja, com tudo isso a probabilidade de cancelamento de pousos e decolagens é mínima no aeroporto de Sorriso. Mesmo quando está chovendo muito ou uma nuvem esteja encobrindo a pista do aeroporto os pilotos conseguem fazer o pouso com segurança através destes equipamentos”.
Silva explicou ainda que a comissão optou em contratar uma empresa para dar mais agilidade nos procedimentos burocráticos. “Devido a isso, houve uma rapidez maior na vistoria e homologação dos equipamentos. Quando existe uma empresa que já sabe como fazer o que é realmente útil e sabe onde ir e os formulários que tem que ser preenchidos. Com isso, já começa evitar os erros de caminhos. Diferentemente quando município decide fazer homologação de equipamento ou mudança de qualquer tipo de estrutura sem apoio técnico e fazer na ‘raça’. Ocorre que acaba sendo enviados documentos fora dos paramentos de conformidade. Quando se manda processo para Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) ou para qualquer órgão, existe uma fila de espera. Ou seja, se houver uma documentação fora da conformidade acaba voltado para o final fila todo o processo. Estes órgãos possuem prioridades, porque, existem outros processo que precisam serem analisados. Tudo acaba ficando moroso. Agora, quando se encaminha documentos padrões com tudo que é exigido, acaba agilizando o processo. É o que ocorreu com nosso aeroporto", explicou.
Segundo o superintendente, a Estação Prestadora de Serviço de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo é operado por três profissionais treinados pela Aeronáutica. “Para funcionar indiretamente existe um engenheiro credenciado, gerente operacional, técnico em manutenção que supervisiona o bom funcionamento destes equipamentos e todas as burocracias. Três pessoas operam os equipamentos. Todas passaram por treinamento no centro de Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA)”.
O aeroporto tem dois voos diários com saída às 8h e 22h.