Os proprietários de postos de combustíveis de rodovias de Mato Grosso reagiram com críticas ao aumento de 3% do óleo diesel por parte da Petrobras. As suspeitas de aumento já circulavam na sexta-feira, porém esperava-se um anúncio oficial da Petrobras, o que não aconteceu.
Para o revendedor Daniel Locatelli, proprietário de uma rede de postos no Sul do Estado o ato é risco para o empresário, devido o volume financeiro envolvido na reposição de estoques.
“É uma bola de neve. Aumento do diesel, aumento do frete, aumento de custos” – reclama Laércio Estrela, diretor de postos de Rodovias do Norte de Mato Grosso, do Sindipetróleo – sindicato que congrega as empresas no estado.
Sem um anúncio oficial de aumento por parte da refinaria o revendedor fica refém do consumidor ao repassar o preço para a bomba, explica Jairo Priotto, diretor de postos de rodovias da Grande Cuiabá. “A Petrobras tinha a obrigação de anunciar a medida” – adverte ele.
Em Rondonópolis, onde há grande concentração de comercialização do volume do produto por empresas do setor de agronegócios, o aumento também não agradou. Edson Serrou Barbosa, diretor nacional de Postos de Rodovias da Fecombustíveis – federação que reúne 30 mil postos no Brasil, considerou de alto risco a atitude da Petrobras. “repor estoque neste patamar, numa época de queda de vendas por causa do período de colheita, é prejuízo ao empresário” – diz Serrou.
A expectativa é que o produto seja comercializado na bomba a média de R$ 1,89 na Grande Cuiabá, podendo até ultrapassar em cidades da região de Rondonópolis. No Nortão, devido os custos com transportes e as péssimas condições das estradas não há estimativa de preço de bomba. O Preço Médio Ponderado a Consumidor Final – PMPF, estabelecido pela Secretaria de Estado de Fazenda, para efeito de cobrança do ICMS é de R$ 1,9129
A Petrobras, até o momento, não se pronunciou.