O Ministério Público Federal está investigando o último concurso do Instituto Federal de Mato Grosso aberto, no ano passado, para contratação de 157 profissionais. Uma denúncia assinada por seis candidatos aponta que houve uma alta taxa de reprovação em uma das bancas que avaliou as provas de desempenho didático. Segundo os concurseiros, a taxa de reprovação chegou a 73%, enquanto que, nas demais bancas, houve uma taxa média de 5% de reprovação.
Os candidatos ainda alegaram ausência de transparência dos integrantes das bancas, “violando o princípio da publicidade e o fato de que todos os candidatos que realizaram a prova de desempenho didático nas cotas dos afrodescendentes na banca da Sala 11 foram reprovados”. O advogado que fez a denúncia no MPF requereu a anulação das avaliações realizados pela banca, “sem prejuízo da realização de novas provas de desempenho didático e da composição de seus integrantes devidamente publicados na forma da lei”. A defesa ainda pediu que o IFMT se abstenha de efetuar a nomeação dos candidatos em qualquer uma das vagas do concurso.
O procurador Cleber de Oliveira Tavares Neto determinou o encaminhamento de ofício ao IFMT, solicitando mais informações sobre a representação. Não foi apontado prazo para conclusão das investigações.
No total, foram abertas 103 vagas para professores de ensino técnico e tecnológico, além de 54 vagas de técnico-administrativo em educação, para atender a Instituição em seus campi e na Reitoria. As oportunidades foram distribuídas nos campi de Alta Floresta, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Confresa, Cuiabá, Diamantino, Guarantã do Norte, Juína, Lucas do Rio Verde, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Rondonópolis, São Vicente, Sinop, Sorriso e Tangará da Serra.
As provas objetivas foram aplicadas no dia 13 de setembro do ano passado. Os candidatos ainda passaram por avaliação de desempenho didático nos dias 3 e 4 de outubro.