O ex-chefe do jogo do bicho em Mato Grosso João Arcanjo Ribeiro não será transferido pa presídio em Cuiabá e continuará preso no presídio de segurança máxima de Campo Grande. A decisão é do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele não acolheu o pedido liminar de sua defesa para invalidar a prorrogação do prazo de sua permanência no presídio. A defesa recorreu ao STJ de decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que entendeu válida a prorrogação do prazo de permanência de João Arcanjo, baseada no interesse da segurança pública.
A defesa alegou que a prorrogação do prazo de manutenção de João Arcanjo em regime disciplinar diferenciado por período igual ou superior a 360 dias deve se limitar à hipótese de cometimento de falta grave, devidamente apurada em procedimento administrativo, não se estendendo para o preso que apresenta risco para a ordem e a segurança.
Para o relator, tais circunstâncias não foram demonstradas de plano, pois a decisão impugnada (do TJMT) mostra-se, a princípio, fundamentada na necessidade de resguardar a segurança pública, que, em última análise, é a finalidade da própria criação de um regime disciplinar diferenciado.
Quanto esteve preso em Mato Grosso, Arcanjo acabou tendo várias regalias mas, principalmente, pelo fato de continuar liderando o esquema de jogo do bicho mesmo de dentro da prisão.