A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) procura por familiares das vítimas enterradas em um cemitério clandestino, em Lucas do Rio Verde, para prosseguir com a identificação e liberação dos corpos. Ao todo, foram localizados os restos mortais de 12 corpos e parte dos corpos estava em processo de esqueletização. Quatro foram identificados por método papiloscópico, que consiste no confronto das impressões digitais, e já foram liberados. Segundo a Politec, falta identificar outros oito corpos.
O processamento das amostras biológicas dos restos mortais de quatro das oito vítimas resultou na identificação de quatro perfis, sendo três do sexo masculino e um do sexo feminino. Contudo, não foi possível a identificação dos mesmos, já que nenhum deles foi compatível com amostras biológicas de 22 familiares de pessoas desaparecidas que doaram material genético para confronto de DNA.
Por isso, a Politec pede que mais familiares (pai, mãe, filho, ou mais de um irmão) de pessoas desaparecidas, que ainda não forneceram material genética, procurem a delegacia local para que seja encaminhada até umas das unidades do Instituto de Medicina Legal (IML) para a coleta do material genético.
“Fica aqui o apelo aos familiares de desaparecidos que procurem a delegacia para que seja feita a coleta de seu material genético. Não se esqueça de levar os seus documentos pessoais e, se possível, leve um boletim de ocorrência. A Politec trabalha com múltiplas equipes para a identificação das outras oito vítimas encontradas no local”, disse o perito criminal de Lucas do Rio Verde, Eduardo Basso Carlin.
A Politec também informa que inseriu os perfis genéticos das quatro vítimas no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Caso um perfil correspondente seja inserido no sistema, a ferramenta orientará a correspondência, independentemente do Estado onde o perfil tenha sido registrado.
Já a coleta do material genético é simples e indolor. Uma espécie de cotonete é passada na parte interna das bochechas da pessoa para a captura da amostra biológica. Os materiais coletados serão processados e inseridos no banco nacional. Caso seja identificado um possível parentesco com os dados de alguma pessoa falecida, a unidade de Medicina Legal entrará em contato com os familiares para que sejam realizados os procedimentos legais de liberação.
Se a pessoa desaparecida também realizou algum tratamento dentário, é aconselhável que a família obtenha com os dentistas o prontuário odontológico da vítima, especialmente exames de imagem (radiografias e tomografias, por exemplo) e os forneçam ao IML. Estes documentos poderão auxiliar na identificação por meio da arcada dentária.
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