A sexta-feira santa por muito pouco não começou com uma tragédia em Sinop. Por volta das 03:00hs, o policial rodoviário federal Carlos Gonçalves, 37 anos, entrou atirando na danceteria Haus Bier, no centro da cidade e deixou sete feridos pessoas feridas, entre baleados, que tiveram cortes e contusões.
Adriano Ferreira Viana levou um tiro nas nádegas, a jovem Adriana Eser também foi alvejada, bem como Adriana Alexandra Silva e o segurança Wacles da Cunha Zeni, que levou um tiro nas costas, de raspão. Os jovens estavam se divertindo e o segurança trabalhando quando começaram os disparos de pistola 0.40 (uso exclusivo da polícia).
A Polícia Civil apurou que o policial teria sido retirado do Haus Bier onde teria se envolvido em suposta confusão com uma jovem. “Ele começou a fazer disparos do canteiro (que divide a avenida Julio Campos) em direção a porta da danceteria e entrou atirando para todos os lados”, explicou o investigador Jorge Vila Nova. A polícia ainda não sabe se ele tinha um alvo específico, se queria matar uma pessoa ou se resolveu descarregar a arma a esmo.
Havia mais de 100 pessoas na danceteria. Houve muito pânico. Alguns se jogaram no chão, outros correram e houve até quem se escondeu no banheiro.
Depois dos disparos, o policial fugiu a pé e foi perseguido por um grupo de rapazes que estava danceteria. Ele teria jogado a pistola e foi pego cerca de 150 metros depois, na rua dos Lírios. Carlos apanhou bastante (foto). Ficou muito machucado no rosto e, a exemplo das quatro pessoas que baleou, foi encaminhado para o Pronto Atendimento de Sinop onde permanece internado com suspeita de traumatismo craniano. O fotógrafo de Só Notícias estava concluindo seu trabalho, para coluna social do jornal virtual, quando começaram os disparos na danceteria. Ele registrou -com exclusividade- uma das vítimas baleadas bem como o policial que foi agredido pouco depois.
Uma das jovens baleadas está com estado de saúde muito delicado. Exames mais detalhados estão sendo feitos hoje e ela corre o risco de ter sérias sequelas.
A arma do crime, de acordo com a Polícia Civil, foi furtada. Está sendo apurada a informação que ele teria se envolvido em uma confusão, em um bar, antes de ter ido a danteceria. O policial (que estava à paisana) trabalha na delegacia da PRF em Sorriso e entrou para a corporação no final de 2005.
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