Em assembleia geral, esta tarde, os policiais rodoviários federais de Mato Grosso aprovaram o estado de greve. A previsão é que a categoria participe do movimento nacional já iniciado nas regiões sul e sudeste. Segundo o presidente do sindicato da categoria (SINPRF/MT), Paulo Vieira de Melo, amanhã, haverá uma reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em Brasília. Depois desse encontro é que será decidido se os servidores entram ou não em greve.
A categoria busca a reestruturação da carreira, que está desatualizada desde a mudança da exigência dos níveis de escolaridade – alterando de médio para o superior. "Tem dois anos que estrutura é de nível médio", reclama o presidente do sindicato.
Desde 2010, a classe também deixou de receber benefícios como adicionais noturno e de insalubridade, que foram unificados à remuneração dos agentes. Além disso, a lei 12.855 de 2013, que prevê o pagamento de indenização por atuação em fronteira, ainda não foi aplicada.
Atualmente a PRF de Mato Grosso conta com apenas 350 agentes, que atuam em regime de escala nos 16 postos e 11 regiões de fronteiras. O número, já considerado insuficiente por se tratar de uma região de conflito, sofreu um corte nos últimos anos.
"Nosso efetivo em 2011 era de 460 policias, hoje temos 350 devido a concessão de aposentadorias, remoções para outros estados e fechamento de dois postos em Mato Grosso". Devido ao baixo efetivo, há postos que conta com apenas um agente, longe do ideal que seriam seis.