O Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso (Sindspen-MT) decidiu manter a suspensão do movimento grevista até dia 3 de fevereiro, quando será realizada nova negociação com o governo do Estado. As decisões foram aprovadas pela maioria dos servidores, em assembleia realizada, esta tarde, no Salão de Eventos da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (ASSOF/MT), em Cuiabá.
A categoria se reuniu novamente para debater os próximos movimentos da greve após abrir negociação com o Governo do Estado, representado pelo secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho e acompanhado de uma comissão da Assembleia Legislativa, formada pelo líder do Governo Dilmar Dal’Bosco (DEM) e pelos deputados Allan Kardec (PDT) e por um assessor do deputado João Batista (Pros). Na ocasião, após quase três horas de conversa, não houve nova proposta do governo e uma nova agenda ficou marcada somente para o dia 3 de fevereiro.
O presidente de Sindspen MT, Amaury Neves, que representou a categoria na retomada da negociação com o executivo, afirmou que os policiais penais permanecerão firmes na luta pela recomposição salarial dos 10 últimos anos e a equiparação salarial com as outras forças da Segurança Pública.
“O objetivo segue o mesmo. A nova data da reunião, marcada para daqui um mês, nos preocupa, pois está muito longe e não é o que gostaríamos, mas o ambiente de negociação foi reconstruído. Queremos essa equiparação, nem que seja em um plano gradativo, precisamos que a nossa categoria tenha o seu salário reparado, todos tiveram seus aumentos na última década e nós ficamos sem nada. Não vamos desistir”, ponderou.
“Vamos continuar com a suspensão do movimento grevista até termos uma resposta concreta por parte do governo e manter o estado de assembleia permanente, até para a categoria ficar em alerta para que assim que houver uma proposta nos reunirmos novamente para decidirmos juntos”, afirmou.
Ontem, conforme Só Notícias já informou, o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que, por causa da greve deflagrada pela categoria, iria iniciar a negociação do zero. “O Governo fez uma proposta, eles recusaram e, agora, vamos começar do zero. Foi o que dissemos para eles, que, se entrassem em greve, iria começar tudo do zero. E provavelmente é o que vai acontecer”, afirmou Mauro, em entrevista coletiva, em Cuiabá.
Após 18 dias de paralisação, os servidores decidiram suspender o movimento, na última segunda-feira.