A Gerência de Operações Especiais (GOE) reúne alguns dos mais capacitados policiais civis para agirem em situações de altíssimo risco. São 30 policiais lotados na unidade especializada, conhecida como “O ninho do carcará”. O símbolo do grupo faz referência à versatilidade da ave, que caça tanto na terra quanto na água e se adapta a qualquer ambiente. Esta característica norteia os treinamentos, que reproduzem a exaustão, as adversidades e agruras da vida de um policial operacional.
O lema é pronto e “em condições de”. Assim, os policiais da GOE são treinados para “Ad ultima verbum”, ou seja, dar a última resposta. Os cursos, com alto grau de dificuldade, a que são submetidos em diferentes estados do País, ajudam a reproduzir situações adversas da realidade do trabalho operacional, com esgotamento físico e psicológico.
À frente do GOE, o delegado Ramiro Mathias Ribeiro Queiróz destaca o trabalho da equipe operacional. “São excelentes policiais, graduados em cursos específicos na área e, principalmente, comprometidos com o trabalho que desenvolvem, o que muitas vezes inclui carga horária superior à habitual”.
Para atuar no GOE, o policial deve possuir características pessoais diferenciadas, como determinação, equilíbrio emocional, companheirismo, disposição para aprendizado e treinamento continuado, além de disponibilidade de tempo para ser acionado a qualquer momento.
O chefe de operações, Edcarlos da Silva Campos, é investigador de polícia há 15 anos, cinco deles atuando no GOE. Ele conta que a demanda de trabalho é expressiva. “São, em média, 20 atendimentos de apoio operacional, por mês. Somos acionados a qualquer hora do dia ou da noite para deslocamento a qualquer cidade de Mato Grosso, um estado com território muito extenso. Em casos de extrema urgência, parte da equipe se desloca em aeronave e outra por terra”.