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Polícia suspeita de mais crimes do homem que matou e enterrou criança em Sinop

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Deve sair, até a próxima semana, o laudo confirmando que o garotinho Bruno dos Santos, 9 anos, foi violentado sexualmente antes de ser assassinado, em Sinop, e enterrado em uma cova, de aproximadamente um metro de profundidade, em uma casa que está sendo construída. Os peritos do IML de Sinop e um médico legista analisar o corpo do garoto que pode ter sido assassinado há 9 dias, quando desapareceu.
“Temos 10 dias para apresentar os laudos, mas acredito que ficam prontos antes. Prefiro aguardar os resultados para me pronunciar”, disse hoje, ao Só Notícias, o perito que trabalha no caso. É dada como praticamente certa que a causa da morte foi estrangulamento.

O corpo de Bruno foi sepultado nesta terça-feira à noite, cerca de 7 horas depois de ter sido retirado da cova pelo pai, o servidor público Reginaldo dos Santos, que auxiliou policiais e a perícia na retirada. Foram momentos de fortes emoções para ele, a mãe e os avós, com quem Bruno morava. Ele tinha saído para ir na casa de uma tia e sumiu. Foram vários dias de buscas, apelos na imprensa, cartazes com fotos dele distribuídos até a polícia conseguir a confissão de João Ferreira da Silva, 45 anos, que tinha matado e enterrado o garoto em frente da casa que estava sendo construída e onde ele estava dormindo.

O pai de Bruno ficou cara-a-cara com João horas antes dele ter confessado o crime. “Ele não conseguiu me encarar. Olhou pra mim uma vez e abaixou a cabeça. Não olhava nos meus olhos. Comecei a suspeitar que ele sabia de alguma coisa”, disse Reginaldo.
Ainda muito abalado, o pai concedeu entrevista a uma emissora de tv e deu a entender que seria favorável ao linchamento de João. Em frente à cadeia, nesta terça-feira à tarde, cerca de 500 pessoas se aglomeraram e uma parte tentou invadi-la e pegar o acusado, que acabou sendo retirado às pressas. A polícia montou um plano para evitar o linchamento. Isolou a área, colocou soldados armados -inclusive com metralhadoras- e uma viatura dos bombeiros e outra da PM foi colocada em frente à cadeia. Policiais falavam aos manifestantes que João seria transferido. Enquanto isso, outra equipe acabou colocando uma viatura e um carro na residência nos fundos da delegacia. João vestiu uma farda de soldado da PM e se disfarçou. Foi colocada uma escada e ele pulou o muro sendo colocado num carro e levado até o quartel dos bombeiros. Depois, foi recambiado para outra cidade, não revelada.
Só depois que ele já a uma distância considerável da cidade, foi feita a simulação da saída dele no carro de bombeiros. Manifestantes jogaram pedras nas viaturas. Houve quem jogasse até um capacete.

Revoltados com a tentativa frustrada de linchamento, alguns manifestantes xingaram policiais. Alguns apanharam, outros levaram spray de pimenta no rosto. Policiais também dispararam tiros para o alto. Da delegacia, um grupo foi até a praça Plinio Callegaro onde houve novos desentendimentos com a polícia.

Investigações
A delegada regional de Polícia, Fatima Moggi, disse que é muito importante para a polícia que João esteja vivo.”Só assim vamos continuar investigando outros casos de crianças desaparecidas e que podem estar ligados a ele”, explicou a delegada. Além de ter confessado matar Bruno, João Ferreira da Silva tentou estrangular outro garoto, semana passada, e foi preso no sábado. A criança conseguiu fugir de João. Só ontem confessou que tinha matado e enterrado Bruno. No quarto dele, a polícia encontrou bolinhas de gude do garoto.
A polícia também encontrou um alvará de soltura expedido pela Justiça da Comarca de Londrina (PR). Não foi confirmado por que João ficou preso no Paraná.
A delegacia municipal de Sinop vai enquadrá-lo por homicídio e ocultação de cadáver e aguardar o laudo para saber se houve violencia sexual.

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