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Polícia indicia 42 por fuga em presídio de Rondonópolis

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Quase um ano depois da maior fuga já registrada no sistema carcerário de Mato Grosso, como ficou conhecida a fuga da Penitenciária Regional da Mata Grande, na madrugada do dia 13 de junho de 2007, por volta das 2h30, onde 58 detentos conseguiram fugir após escavar um túnel de 33,5 metros, a polícia concluiu o inquérito e indiciou 39 pessoas a título de culpa (negligência no cumprimento do dever), e mais três por “dolo”, sendo dois por participação direta e um por dolo eventual.

O inquérito com quatro volumes e cerca de 750 páginas foi instaurado no dia 14/06/07, um dia após a ocorrência da fuga. Nessa peça investigativa, o delegado Antônio Carlos Araújo (responsável pelo inquérito), os investigadores e a perícia técnica procuraram reunir indícios e provas sobre uma eventual promoção ou facilitação na fuga dos 58 detentos.

O documento é extenso e apenas o laudo da perícia criminal tem 56 laudas. Nele, os peritos conseguiram identificar as eventuais falhas no sistema de controle e monitoração existentes na unidade à época dos fatos e, levanta questionamentos apontando falhas no procedimento de controle dos internos que segundo afirma, “não foi feito de forma rígida e adequada”.

Segundo as investigações e os laudos periciais apresentados ontem à imprensa, na Delegacia Regional, da forma como as coisas aconteceram, se não houvesse negligência por parte dos servidores, a fuga seria praticamente impossível.
As investigações apontaram ainda responsabilidade direta de dois servidores envolvidos no caso: o ex-subdiretor José Donizete da Silva e o ex-chefe de disciplina Rubens Cláudio Rojas e, de forma indireta, ou “dolo eventual”, do ex-diretor da unidade, Afonso Henrique Nunes Garcia.

Sobre os supostos valores do custo (financiamento) da fuga que teriam girado entre R$ 27 e R$ 113 mil, as informações são desencontradas e segundo a polícia, as investigações não conseguiram identificar com precisão os eventuais beneficiados. Segundo a polícia, dos 58 fugitivos apenas 36 foram recapturados, restando ainda 22 em liberdade.

O delegado também falou do segundo inquérito instaurado na ocasião, e que se refere a uma tentativa de homicídio ocorrida na época e que tinha ligação com a fuga. Segundo a polícia, o detento Celso Oliveira Hoffman foi esfaqueado por Adriano Martinelli, porque teria descoberto a fuga e avisado ao chefe de disciplina e ao subdiretor e que, supostamente em represália, teriam encomendado a morte de Celso.

De acordo com a polícia, a negociação da encomenda teria se dado supostamente a troco de entorpecente e de um celular. Aliás, este inquérito já foi concluído e apresentado à Justiça.

Participaram da apresentação dos resultados do inquérito à imprensa os delegados Jalles Baptista da Silva, José Lucídio Nunes Rondon Filho, Antônio Carlos de Araújo e Eduardo Augusto de Paula Botelho.

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