Uma ação conjunta envolvendo agentes da Polícia Federal de Rondonópolis, Mato Grosso do Sul e policiais militares resultou ontem na apreensão de quase uma tonelada de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai. O produto, avaliado em mais de R$ 300 mil reais, estava numa residência alugada por Sidnei Silva, 30 anos, que teria encomendado o contrabando. Junto com ele foram presos também Cláudio Mertin, 37, e Nelson Francisco, 26. Os três foram flagrados quando faziam o transbordo dos agrotóxicos para um caminhão menor, que provavelmente seria utilizado para distribuir o material na região.
Ao todo os policiais encontraram 72 sacos contendo cerca de 800 quilos Classic (clorimuron), e outros 32 sacos lotados com produto da marca Pivot. Esses herbicidas têm alto preço no mercado e são utilizados principalmente em lavouras de soja. A descoberta do contrabando ocorreu após uma denúncia anônima recebida pela Policia Federal.
Os três acusados, a carga e também o caminhão, placas JYV 1966 de Primavera do Leste, foram trazidos para a Delegacia da Polícia Federal em Rondonópolis. Conforme depoimentos colhidos pelo delegado Renato Sakamoto, os agrotóxicos foram adquiridos no Paraguai por Sidnei Silva. Ele teria utilizado um caminhão frigorífico emprestado para fazer o transporte até Primavera do Leste.
Os policiais ainda não sabem se os acusados têm antecedentes criminais e nem quem seriam os compradores finais dos produtos contrabandeados. Mas eles não descartam a possibilidade de que o esquema criminoso tenha o envolvimento de outras pessoas – incluindo comerciantes e fazendeiros.
Os três homens presos foram enquadrados por contrabando, descaminho e crime ambiental. Após prestarem depoimento, eles foram encaminhados para a Cadeia Pública de Rondonópolis onde ficarão a disposição da Justiça.