O grande incêndio que destruiu, quarta-feira, cerca de 15 madeireiras, 100 casas, maquinários, veículos, estoque e matéria prima das madeireiras em Marcelândia (210 km de Sinop), deixando prejuízo superior a R$ 10 milhões, começa a ser investigado. O objetivo é descobrir quais foram as circunstâncias que deram origem ao início do fogo e se o caso tem ação criminosa. De acordo com o delegado responsável, Geraldo Gezoni, uma equipe da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) – com atribuição para atuar em todo o Estado em situações como esta – e Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), de Cuiabá, estão envolvidas na investigação. “Eles já estão fazendo os primeiros levantamentos”, explicou, ao Só Notícias.
O laudo deverá apontar os focos, danos causados e vítimas e se, realmente, o incêndio partiu do lixão (depósito de resíduos de madeira), avançando por áreas rurais e, com vento, atingindo madeireiras e casas. “Não entrei nesse mérito [se o foco começou mesmo no lixão]. O pessoal da investigação, da Politec, que está na região, fez um sobrevoo no helicóptero e já tem uma noção de onde teria iniciado o fogo”, afirmou Gezoni.
Conforme o delegado, o prazo legal para a conclusão do inquérito é de 30 dias, no entanto, devido ao tamanho deverá levar mais tempo. “Neste caso, que a proporção foi muito grande, com muitas vítimas a serem ouvidas, poderá levar mais tempo, mas não tem como confirmar. Vamos fazer o possível para concluir o mais rápido”, destacou.
Conforme Só Notícias já informou, mais de 100 famílias ficaram sem suas casas e foram acomodadas, inicialmente, em uma igreja. Hoje, estão em escolas, Lions Clube e em casa de familiares.
Moradores e entidades de idades da região, como Sinop, Sorriso, Colíder, Cláudia e União do Sul, estão contribuindo com donativos, como alimentos, roupas, calçados, produtos de higiene pessoal e móveis, para que as famílias possam recomeçar as suas vidas.
Marcelândia tem 14 mil habitantes e a atividade madeireira é a sua principal fonte econômica.
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