A Polícia Civil divulgou, há pouco, balanço da operação Ronuro, que resultou em cinco prisões em flagrante, e a Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema) cumpriu 22 mandados de buscas e apreensões, em Feliz Natal (110 km de Sinop) e Nova Ubiratã. Os presos foram por posse irregular e porte ilegal de arma de fogo e munições. Um deles foi o vice-prefeito de Feliz Natal, Antônio Alves. Ele e três investigados tiveram as fianças arbitradas e, depois do pagamento, foram liberados para responder ao inquérito em liberdade. Um preso por porte ilegal de arma de fogo será encaminhado à audiência de custódia da Justiça. 150 munições, 13 celulares, três rádios HT, três notebooks e computador, duas caminhonetes e um caminhão foram apreendidos.
Cinco madeireiras da região estão entre os alvos da operação e foram bloqueadas, com as atividades suspensas por ordem judicial, até a conclusão das investigações. As equipes da Polícia Civil permanecerão na região até o levantamento necessário à continuidade das investigações dos investigados por envolvimento na extração ilegal de madeira da Estação Ecológica Rio Ronuro, unidade de conservação estadual localizada em Nova Ubiratã.
A delegacia apurou denúncias que chegaram à unidade apontando que pessoas envolvidas no comércio de madeira na região estavam praticando ilícitos ambientais na estação ecológica. Ano passado, a delegacia intensificou diligências para apurar as informações e identificar os responsáveis pelos crimes ambientais, que danificaram a vegetação nativa da estação.
“A associação criminosa cometia o desmatamento visando lucro financeiro a qualquer custo, com a destruição da vegetação e sem se preocupar com os danos ambientais, a fauna e tampouco a sociedade local e mato-grossense”, pontuou a delegada titular da Dema, Liliane Murata.
A Polícia Civil levantou ainda que os envolvidos se associaram criminalmente para cometer os delitos ambientais, que vão de desmatamento e extração de madeira em área protegida ao comércio ilegal de produto florestal. O grupo investigado envolve agentes políticos, madeireiros, empresas transportadoras, pessoas físicas e jurídicas e proprietários das madeireiras “utilizam terceiros como ‘laranjas’ para mascarar o comércio irregular da matéria-prima, burlar a administração pública ambiental e fiscal, praticando o crime ambiental e a sonegação de impostos, além do prejuízo ao meio ambiente e social”, informa a assessoria.
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