A Polícia Judiciária Civil participou da audiência pública que discutiu a segurança pública nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, hoje pela manhã, na Assembleia Legislativa. Dados estatísticos criminais, produtividade, número de efetivo e ações foram apresentados pelas Polícias Civil e Militar aos deputados, comunidade e lideranças comunitárias, presentes na audiência requerida pelo deputado Walace Guimarães (PMDB).
O presidente da mesa, deputado Walace Guimarães, destacou que a segurança pública é um tema que aflige a sociedade no contexto geral, que precisa ser discutido, avaliado para o futuro próximo. "Sabemos hoje que criminalidade está solta e para isso precisamos ouvir as instituições de segurança, todos aqueles que têm um conhecimento profundo da questão. Saber quais são as medidas que estão sendo realizadas para combater a violência que acomete Cuiabá, Várzea Grande e o Estado de Mato Grosso", frisou.
Em sua apresentação, o delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Paulo Rubens Vilela, fez um demonstrativo dos indicadores de produtividade da PJC dos últimos 7 anos (2003/2010), como a entrada e saída de servidores, da previsão necessária e do quadro atual de policiais. "Temos aqui a oportunidade de prestar contas da produtividade e das estatísticas elaboradas e discutir melhorias nos índices", avaliou Paulo Rubens Vilela.
Conforme o delegado geral, em 7 anos a Polícia Civil recebeu reforço de 1.174 policiais, mas no mesmo período saíram 699 policiais, dentre investigadores, escrivães e delegados. "O Governo do Estado já sinalizou abertura de concurso para ingresso de 1.660 novos policiais, fora os que estão atualmente na academia", completou Vilela.
Atualmente o quadro de policiais da PJC é de 198 delegados de polícia, 389 escrivães e 1.745 investigadores. Em dezembro, a Instituição receberá incremento de 226 escrivães e 90 investigadores que finalizam o curso de formação técnico-profissional na Academia de Polícia Civil (Acadepol).
A Polícia Civil também apresentou a evolução dos boletins de ocorrência (média anual de 10,05%), inquéritos concluídos (26,72%), atos infracionais (12,58%), carta precatória cumpridas (16,12%), prisões (25,18%), mandados de prisão cumpridos (30%) e termos circunstanciados de ocorrência (TCO) (8,83%), entre os anos de 2003 a 2010.
O diretor metropolitano, delegado Luciano Inácio da Silva, destacou a necessidade de fortalecer o combate ao tráfico de drogas e os crimes de roubos e furtos para, com isso, reduzir o número de homicídios cometidos na região metropolitana.
Como medida repressiva, o diretor confirmou a reativação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, no prédio do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC), do Verdão, que irá centralizar as ocorrências de crimes de contra o patrimônio em Cuiabá e o retorno das Delegacias de Delitos de Trânsito (no CISC Coxipó) e Estelionato (no CISC Planalto). "A importância disso é o cidadão saber onde procurar ajuda", finalizou.
O secretário adjunto de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, representou o secretário Diógenes Curado Filho, na audiência. Conforme Bustamante, as estatísticas do Estado de Mato Grosso estão em níveis aceitáveis em relação ao patamar nacional de criminalidade, considerando as dificuldades enfrentadas pela Segurança Pública de Mato Grosso. "Temos que discutir a segurança pública como um todo, levando em conta os problemas sociais", disse.