Experiente em viagens aéreas na região, o piloto Wilson Lima, esteve sobrevoando a área do conflito onde o piloto e empresário Ari Carneiro de Moraes foi agredido e flechado por índios da etnia Apiaká no último domingo. Wilson passou a noite em uma propriedade próxima à fazenda de Ari e da pousada Jurumé, empreendimento turístico localizado já no Estado do Amazonas.
Pra evitar pousos de aeronaves na pista da fazenda de Ari Carneiro, os índios colocaram vários tambores de óleo diesel em toda a sua extensão, além de destruir os pneus do avião bimotor Asteca, pertencente ao empresário agredido. “Tá interditado. Eles tomaram conta do local”, contou o piloto.
Dos dez funcionários da pousada, há rumores de que dois estão desaparecidos. As informações, entretanto, são desencontradas. Perguntado sobre o risco que os funcionários da pousada correm estando na mira dos silvícolas, Wilson diz, apreensivo, que eles se tornaram reféns. “Índio é um problema sério. Eles podem tomar de assalto os funcionários e os turistas. No momento que souber que os turistas não estejam na pousada, eles podem muito bem ir lá, pôr fogo, matar, que eles não têm juízo”, alerta.