O piloto Evandro Rodrigues de Abreu e o copiloto Rodrigo Frais Agnelli chegaram, no início desta tarde, no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, após 40 dias em poder dos criminosos que roubaram o avião de propriedade da família do deputado estadual José Riva (PSD). "Não consegui pensar em computador ou celular. Só na minha família e em como conseguir voltar. Pensei que iria morrer a todo momento", disse Evandro, em entrevista à imprensa no local.
Apesar desta situação, eles disseram que não sofreram nenhum tipo de agressão durante o tempo de cativeiro e alegaram que os criminosos seriam brasileiros. O único momento de tensão foi mesmo durante o assalto, no aeroporto de Pontes e Lacerda, quando armas foram apontadas para suas cabeças.
De acordo com o MidiaNews. eles afirmaram que após serem liberados pelos criminosos, tiveram que andar por cerca de três horas. "No caminho tivemos que parar inúmeras vezes, porque não tinha água e estava muito quente. Descansávamos nas sombras que encontrávamos. Também não pedíamos informação porque temíamos que qualquer pessoa pudesse ser traficante", explicou Rodrigo.
Ao site, o deputado estadual disse que a Interpol já tem informações de onde estaria a aeronave e só não pegaria se não quisesse.
Conforme Só Notícias já informou, ambos foram localizados, esta madrugada, na cidade de Guajará-Mirim (RO), cidade brasileira que faz divisa com a Bolívia. Eles procuraram a polícia local e logo entraram em contato com a família e o deputado.
A aeronave, de propriedade da família de Riva, foi roubada dia 20 de setembro, em Pontes e Lacerda, quando participavam de evento de campanha da então candidata ao governo, Janete Riva (PSD), sua esposa. Riva foi informado que os pilotos foram liberados espontaneamente, após desentendimento entre os próprios criminosos sobre a venda do avião, modelo King Air, modelo C90GTI, de 2006, prefixo ATY. “O Evandro contou que eles estavam sendo usados para pilotar o avião na Bolívia para o tráfico de drogas, que tem muita pista de tráfico na região, a cada cinco quilômetros. Como houve o desentendimento entre os sequestradores, soltaram na divisa de Rondônia e foram embora”.