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PF investiga 3 empresas em Sinop por desvios de verbas saúde de Cáceres

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A Polícia Federal confirmou, hoje, que três empresas sediadas em Sinop estão envolvidas nos esquemas fraudulentos de vendas de medicamentos e produtos hospitalares para a prefeitura em Cáceres. "Os alvos de Sinop são empresas comerciais", confirmou um dos delegados, sem mencionar os nomes delas. Uma fonte de Só Notícias apontou que ocorreram 3 prisões (dois homens e uma mulher) mas as identidades das pessoas não foram reveladas. Os presos foram recambiados para Cuiabá onde vão prestar depoimentos. Os que foram presos em Cáceres foram transferidos pela manhã. A justiça mandou prender 47 em 6 cidades mas o balanço de quantos já foram pegos ainda não foi divulgado.

Empresas em 3 cidades de Goiás também estão sendo investigadas e houve mandados judiciais de buscas, apreensões e prisões dos responsáveis. "Houve conluio das empresas. A diferença entre as propostas era de 1 centavo (por produto vendido) o que mostra que não houvesse efetivamente, entre empresas envolvidas, disputa pelo fornecimentos dos produtos", informa um delegado da Polícia Federal, que participa das investigações.

A prefeitura de Cáceres e as empresas envolvidas montavam esquemas fraudulentos nas licitações e medicamentos nem chegaria a ser fornecido. Os crimes foram praticados nos últimos dois anos. "Era um ou dois grupos de empresas que se unia para fraudar processos. Havia acordo entre as empresas que superfaturava preços. Uma pessoa representando 4 ou 5 empresas e com as fraudes uma empresa vencia a suposta licitação para um determinado lote de medicamentos, a outra ganhava para outro tipo de produtos", apontou o representante da Controladoria Geral da União.

A operação iniciou mais por conta da falta de medicamentos da prefeitura "que era latente. Determinado período houve vencimento de grande quantidade de medicamentos. Apesar de não ter soro fisilógico, havia perda de outros remédios", constatou a Polícia Federal.

A venda de medicamentos era fiado e as empresas recebiam depois. A estimativa é que os desvios foram de aproximadamente R$ 2,5 milhões. Mas o valor pode ser maior

Os policiais conduziram algumas pessoas para a delegacia da Polícia Federal em Cáceres. A vice-prefeita, Antonia Dias, e o ex-prefeito Tulio Fontes foram conduzidos, com mandados coercitivos, prestaram esclarecimentos a um delegado e foram liberados. "Eles foram conduzidos para serem ouvidos como testemunhas, não que tenham qualquer relação com os fatos. A gente vai investigar e concluir o inquérito para saber se houve ou não participação", explicou a PF. Os federais grampearam conversas da vice-prefeita e, com seu depoimento, buscam esclarecer alguns fatos. Dois ex-secretários de Saúde em Cáceres estão entre os presos. A Polícia Federal informou que o atual prefeito fez denúncias de irregularidades no fornecimento de medicamentos.

A polícia pediu bloqueio de bens de empresários e servidores públicos. A polícia não descarta, no transcorrer das investigações, pedir a quebra de sigilo bancário dos envolvidos. A CGU não descarta pedir o ressarcimento de dinheiro dos valores dos produtos onde foram confirmados superfaturamentos. A controlodaria não descarta classificar algumas empresas inidôneas, ficando impedidas de participar de concorrências públicas.

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