Vítor Giglio, namorado da agrônoma Julia Barbosa de Souza, de 28 anos, baleada no último dia 9 quando estava em uma Toyota Hilux, trafegando pela avenida Natalino João Brescansin, na região central de Sorriso, disse que, no mínimo, o assassino Jackson Furlan, de 29 anos, que está preso, pode se chamado de “uma pessoa desequilibrada”. O desabafo foi feito em uma carta encaminhada ao Fantástico, da Globo, que exibiu reportagem ontem à noite. Ainda muito abalado, o namorado preferiu não conceder entrevista.
Julia estava andando de caminhonete e, de acordo com a polícia, Jackson estava atrás em outra caminhonete, teria ficado irritado porque não conseguia ultrapassar, passou a seguir o casal e atirou, atingindo Julia, que morreu pouco depois, no hospital.
“Foi passar o meu aniversário de 31 anos e não voltou mais para ver seus familiares, devido a uma pessoa que no mínimo posso chamar de desequilibrada, ceifou a vida dela com um tiro sem ter nenhum motivo. Te amo para sempre Júlia. Serás sempre uma bela lembrança”, diz um trecho a carta escrita por Vítor. “Em determinada época desse ano fui transferido para Sorriso, quando lhe dei a notícia chorou muito, achando que iríamos terminar e, foi totalmente ao contrário. Isso só nos aproximou e nos fortaleceu mais”. “Era uma menina mulher linda por fora e por dentro”. “Minha Eterna namorada”, descreveu Vítor.
Eles se conheceram em Cornélio Procópio (PR) onde Júlia residia com a família. “Era o aniversario (do namorado de Júlia) ela aproveitou e também iria fazer uma entrevista de emprego lá para o Estado de Mato Grosso e talvez ficaria para lá também. Ia ficar longe, ela até comentou isso”, disse Eliana Quaresma, tia de Júlia.
A advogado do acusado de matá-la diz que “Jackson jamais colocou os pés em uma delegacia de polícia antes desses fatos. É pessoa conhecida na sociedade, pessoa de bem que infelizmente cometeu um erro. O erro de sacar uma arma e disparar. Consumiu grande quantidade de bebida alcoólica. Foi uma discussão de trânsito somada a ingestão de bebida alcoólica”, disse Mathis Haley
Conforme Só Notícias já informou, o delegado André Ribeiro apontou que “não teve discussão no trânsito, não teve ofensas, não teve xingamentos, não teve nada disto. O vidro da caminhonete da vítima estava fechado não teve trocas de farpas. Foi simplesmente porque a vítima estava devagar em uma rua que é para andar de vagar e isto foi suficiente para irritar o suspeito (foto abaixo)”. Ele classificou o crime de bárbaro e repugnante