Mais de 40% das rodovias estaduais e federais de Mato Grosso são consideradas ruins ou péssimas. É o que aponta uma pesquisa, divulgada hoje, pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Foram avaliados 4,5 mil quilômetros de estradas no Estado e, destes, 1,4 mil foram considerados ruins e 403 péssimos, o que corresponde a 32,6% e 8,8%, respectivamente.
Cerca de dois mil quilômetros (43,9%) foram avaliados como regulares, 578 quilômetros (12,6%) como bons e apenas 98 quilômetros (2,1%) como ótimos. Os números abrangem a categoria “estado geral” das rodovias, ou seja, uma média geral sobre todos os itens avaliados.
Na categoria “pavimento”, 186 quilômetros foram classificados como péssimos; 501 ruins; 2,6 mil regulares; 306 bons e 893 ótimos. No quesito “sinalização”, 993 quilômetros foram considerados péssimos; 1,2 mil ruins; 1,4 mil regulares; 674 bons e 202 ótimos. Por fim, a pior classificação ficou na categoria “geometria da via” que teve 1,6 mil quilômetros avaliados como péssimos e 1,5 mil como ruins. Do total, 535 foram regulares; 776 bons e 47 ótimos.
A BR-163, principal via de escoamento da produção estadual, teve 1,1 mil quilômetros de trecho analisado e foi considerada em todos os quesitos como “regular”. Ela também é a que conta com a maior infraestrutura de apoio em Mato Grosso, com oficinas, postos de atendimento, restaurantes e lanchonetes.
A MT-320, que liga os municípios de Nova Santa Helena, Colíder, Nova Canaã do Norte, Carlinda e Alta Floresta, é apontada pela pesquisa como uma das piores estradas de Mato Grosso. A rodovia foi avaliada como “péssima”, na classificação geral, assim como em “sinalização” e “geometria da via”, além de “ruim” na categoria “pavimento”.
Mato Grosso tem uma malha viária de 7,5 mil quilômetros de rodovias pavimentadas, sendo 3,9 mil federais e 3,6 mil estaduais.
A Pesquisa CNT de Rodovias, compreende o levantamento das condições de toda a malha federal pavimentada e, nas malhas estaduais, dos trechos mais relevantes para o transporte de cargas e de passageiros.