Enfrentando uma situação difícil pela falta de profissionais capacitados para atuar na Perícia Oficial de Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec), os presidentes do Sindicato dos Peritos Criminais, Rondon Souza Oliveira e da Associação Médica de Legistas de Mato Grosso e vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina Legal, Antonio Batista de Queiroz, estiveram nesta quarta-feira , na Assembleia Legislativa para reafirmar a necessidade do Governo do Estado fazer concurso público para atender a demanda do setor.
No início do mês, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP) intermedeiou uma reunião da categoria com o secretário-chefe da Casa Civil, Eumar Novacki para tratar do assunto. Hoje, durante a audiência com os peritos e médicos legistas, Riva voltou a falar com o secretário e disse que se preciso for, levará o problema ao governador Blairo Maggi.
O deputado defende que ao contratar mais mil homens para atender o setor de Segurança Pública, pelo menos 150 sejam para atender a Politec. “Todas as iniciativas para melhorar a Segurança Pública são importantes, por isso, não vamos deixar a Politec fora dessa reestruturação”. Os deputados, inclusive, já direcionaram R$ 24 milhões em emendas para o estado agilizar o concurso público.
Queiroz lembrou que o último foi realizado há 10 anos, enquanto que pela demanda precisaria de pelo menos mais 100 médicos legistas para atender à sociedade. São 117 profissionais, desses 82 são efetivos. “Mais uma vez tivemos uma reunião proveitosa com o deputado Riva, pois ele está sensível à nossa reivindicação”, afirmou. Ele alertou que sem o número de profissionais necessário, já há atrasos na elaboração de laudos médicos, que segundo ele, é um problema que afeta todo o Brasil.
Na oportunidade, Rondon esclareceu a preocupação da categoria devido a uma matéria intitulada ´Estado prepara pacote de ação no combate ao crime´, veiculada num jornal de grande circulação em Cuiabá, que mencionou somente a realização de concurso público para atender as policias Militar e Civil. “Isso nos motivou uma nova vinda na Assembleia para pedir ao deputado que interceda nesse momento, e seja o nosso condutor nesse processo”, explicou Rondon.