O Perito Criminal Edson Gomes, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), em Sinop, disse, esta manhã, em entrevista, ao Só Notícias, que não é descartada a possibilidade de ato criminoso no incêndio em um caminhão que pertenceria a uma empresa e estava em uma fazenda no distrito de Analândia em Marcelândia (160 km de Sinop), ontem à tarde. Um homem, que seria o motorista do caminhão, morreu carbonizado. O corpo foi levado, esta madrugada, ao IML em Sinop para identificação oficial.
“Tem suspeita de envolvimento de pelo menos mais um veículo, pelo rastro de diesel deixado no local. São dois caminhões envolvidos. Um que pegou fogo no barracão e outro (caminhão tanque) que foi encontrado perto de uma mata a uns três quilômetros desse barracão. Existem alguns elementos que indicam que havia outro veículo, outro caminhão tanque, que estava no mesmo local onde esse caminhão foi incendiado. Pode ser que seja esse que foi encontrado lá. Agora, não dá para afirmar se a pessoa que estava com esse caminhão, que não foi incendiado, foi quem provocou esse incêndio lá” e se “ele saiu correndo”, explicou.
Ainda de acordo com o perito, “não dá para dizer se a coisa foi criminosa ou apenas um acidente. Lá, nesse local, o rapaz que é arrendatário disse que não vai caminhão para levar combustível porque eles não têm nem lugar para armazenar, não teria porque desses caminhões estarem lá”. “Alguma coisa aconteceu, ou foi ato criminoso, de uma das partes, que meteu fogo e saiu fugido do local ou pode ser um acidente no momento em que eles estavam descarregando combustível. Transferindo combustível de um caminhão para o outro”, apontou.
O exame de necropsia será feito no corpo. “Não sabemos dizer se o motorista morreu por conta do fogo, alguém atirou nele ou deu uma cacetada nele, ele caiu e tocaram fogo nele. Vai ser feita necropsia para ver se o legista consegue identificar se morreu por conta do fogo ou se já estava morto” quando foi atingido pelas chamas.
Está sendo apurado se o homem morto teria 55 anos e residiria em Marcelândia.