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Perícia e Polícia se preparam para reconstituição de crime envolvendo major da PM em Cuiabá

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Está prevista para a última semana deste mês a reconstituição da morte de André Luiz Oliveira, 27. O jovem foi assassinado no dia 2 de agosto de 2016, logo após ele matar o soldado da Polícia Militar, Élcio Ramos Leite, 29, no bairro CPA 3, em Cuiabá. A simulação foi solicitada pela defesa do major PM Waldir Félix de Oliveira Paixão Júnior que confessou ter matado André, alegando legítima defesa. O pedido foi deferido pela juíza da 12ª Vara Criminal, Maria Aparecida Ferreira Fago, no dia 28 de abril, mas a reconstituição acontecerá com quase 3 meses de atraso, já que deveria ter sido iniciada pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) 20 dias após a decisão judicial.

De acordo com o delegado Alexandre Vicente, responsável pelo inquérito, o atraso na simulação se deu por conta de um erro nas notificações. “O Judiciário enviou cópia do processo com o pedido de reconstituição apenas à Politec e esqueceu de enviar os documentos para nós (Polícia Civil). Assim que o erro foi constatado, também fomos notificados”.

A magistrada também solicitou à defesa do major que no prazo de 5 dias fossem encaminhadas explicações mais detalhadas sobre as dúvidas que ficaram pendentes no inquérito policial, necessitando assim da simulação para que sejam sanadas. “Até o momento a Politec não recebeu os quesitos, pontuados como divergentes pela defesa e só podemos iniciar a reconstituição tendo acesso a este documento”, diz o delegado

Na tarde da útlima sexta-feira (4), Vicente se reuniu com a equipe de peritos que trabalhou no crime para decidir as ações necessárias para realizar o trabalho. Segundo ele, o tempo é curto para a concretização das inúmeras etapas que devem ser cumpridas. “Estamos providenciando tudo para quando a Politec receber os pontos divergentes, a ação aconteça logo em seguida. Diante da análise que fizemos, acreditamos que a reconstituição aconteça na última semana de agosto”.

Vicente frisa que a simula- ção é um processo muito complexo e no referido caso a dificuldade é ainda maior, pois envolve muitas pessoas. “Diretamente temos 14 pessoas que viram ou presenciaram cenas que levaram à morte do André, fora os demais, que são tidos como coadjuvantes, Além disso, a Politec nos informou que está sem câmera filmadora e gravadores, que são equipamentos necessários para a ação”.

O delegado explica que muitos dos policiais envolvidos foram transferidos de batalhões e até unidades do interior, o que também dificulta o desejo de dar mais agilidade. “Temos que providenciar atores, pois os envolvidos só participarão narrando o que falaram, viram e fizeram, não atuarão. André também será representado”.

Vicente ressalta que serão reconstituídos apenas os quesitos destacados pela defesa e não a totalidade da ação que resultou na morte de André. “Vamos apenas simular o que a defesa do major alegou estar divergente no inquérito”.

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