O desafio de fazer segurança pública em Mato Grosso com metade do efetivo mínimo necessário vai ser encarado pelo novo comandante da Polícia Militar, coronel PM Osmar Lino de Farias, que assumiu o comando da tropa. Com um efetivo que não supera os 6,2 mil militares, o próprio governador Silval Barbosa reconheceu que seriam necessários pelo menos 12 mil homens para o policiamento ostensivo em todo Estado.
Farias diz que a fórmula é racionalizar o trabalho, mantendo o efetivo na atividade fim, isto é, os militares deixando as atividades burocráticas para fazerem o policiamento nas ruas. Mas o novo comandante se mostra otimista e diz que com o plano de inserção, implantado durante o governo Blairo Maggi, a previsão é que a cada ano ingressem pelo menos 1 mil policiais, o que em alguns anos reverteria o atual quadro. Admite, por outro lado, que os recém aprovados no concurso realizado este ano só ingressarão na corporação em 10 meses.
Em seu discurso de despedida, o ex-comandante, coronel Benedito Campos Filho, reconheceu que ainda há muito o que avançar, mas deixa o cargo com a sensação do dever cumprido. Segundo ele, um dos objetivos de seu comando foi aproximar a Polícia Militar da comunidade, no que acredita que teve sucesso, quando citou vários programas efetivados ao longo dos 3 anos em que comandou a Polícia Militar. Quanto ao desafio de comandar a segurança com um efetivo aquém das necessidades, admite que foi vencido. Lembra que apesar do efetivo reduzido, Mato Grosso está entre os 5 estados do País que reduziu o número de assassinatos nos últimos anos.
O governador disse que a segurança pública continuará sendo prioridade em seu governo. Lembrou que nos últimos 7 anos o Estado investiu R$ 6 bilhões no setor e se comprometeu a melhorar as condições de trabalho, bem como ampliar o efetivo para dar mais segurança à sociedade.