O assoreamento está sendo provocado pela extração mineral, que está sendo feita no “leito do rio”, de forma inconseqüente e depredadora. As águas, em determinadas regiões estão escuras e os peixes desapareceram, tornando mais difícil a vida dos ribeirinhos. “ Aqui já teve muitos peixes. Agora, é muito difícil pegar um para comer” desabafou o pescador Antonio Raimundo Oliveira.
O Rio Peixoto, principal afluente do Rio Teles Pires, vivencia uma triste história, onde a natureza e o homem são protagonistas principais. De um lado, a natureza recompõe as suas belezas lentamente, de outro lado, o homem a destrói numa velocidade intensa.
Os garimpeiros, atrás do ouro, numa ganância famigerada, estão colocando balsas no leito do Rio Peixoto, a procura do ouro, e aos poucos estão destruindo a natureza de forma impiedosa. A degradação ambiental, causada por esses eventos, acabam por comprometer cada vez mais, os recursos hídricos renováveis.
Em razão da crise que assolou o país, recentemente muitas pessoas se viram diante da necessidade. Verifica-se que muitas delas, ingressaram na atividade garimpeira, na busca incessante do ouro. A despeito do problema social, envolvido, torna cada vez mais urgente, a necessidade de aplicação de normas mais rígidas para o controle dessa atividade no leito dos rios.
O município de Peixoto de Azevedo vem sofrendo problemas provenientes do mau uso dos recursos hídricos, no meio físico com muita suscetibilidade a assoreamento e erosão, muito comum na referida região. Outro grave problema, detectado é a poluição, provocada pelos usuários do Rio Peixoto, garrafas plásticas, sacolas, lixo doméstico, estão sendo abandonado ás margens do rio, onde compreende a área urbana do município.
A colônia de pescadores detém em seus quadros, mais de 160 associados, e um dos maiores problemas enfrentados pela entidade, é a degradação desenfreada do Rio Peixoto e a poluição constante das suas águas. A matéria de sobrevivência da colônia “peixe” está ficando cada vez mais difícil. “ Precisamos de uma interferência urgente das autoridades responsáveis pelo meio-ambiente” desabafou o pescador José Cândido.