Na terça-feira a noite o pedreiro Marcos Pereira tentou se suicidar com uma facada na altura do abdômen e teria conseguido não fosse a agilidade de seu irmão, Adriano Pereira, que já havia notado que Marcos não tinha passado um dia muito bom. Bastante tenso, a terça-feira para Marcos terminou num leito no Hospital Municipal Albert Sabin. Por volta das 20 horas ele se esfaqueou, mas rapidamente foi levado para PSHM. Lá chegando Dr Renes foi atendê-lo e orientou a apenas fazer o internamento do paciente. Antes porém, Renes teria dito a Adriano que o Hospital Municipal não tem anestesista e que o paciente seria avaliado até o dia seguinte e, havendo a necessidade de uma intervenção cirúrgica, seria ‘providenciado’ um anestesista para a cirurgia. “O anestesista tinha sido demitido, ele mesmo disse isso aí”, falou Adriano. “Se no outro dia viesse a ocorrer qualquer outro problema, iria sair pra outro hospital para vir um anestesista pra fazer a cirurgia nele”, completa.
Adriano revela que seu irmão não tem deficiência mental, apenas que estava meio ‘estanho’ antes de tentar o suicídio. No entanto, após o internamento, Marcos ‘não estava normal’. Ele não falava coisa com coisa”.
Na noite de terça para quarta-feira, uma irmã fez companhia a Marcos, no entanto, logo pela manhã, um vigia do hospital municipal teria ‘expulsado’ a acompanhante do quarto. “Expulsou ela de lá falou que ‘com que autorização ela estava lá cuidando dele’, não poderia ficar lá”, disse Adriano. Isso foi na manhã de quarta-feira. Os irmãos chegaram a visitá-lo durante o horário de visitas, mas foram impedidos de permanecer junto ao paciente. Por volta das 18 horas eles receberam um telefonema do hospital dizendo que Marcos havia fugido.
Os familiares acionaram a polícia, fizeram buscas e acabaram encontrando Marcos na casa de sua mãe, ainda com mania de perseguição, achando que havia alguém atrás dele para matar-lhe. Os irmãos resolveram levar o paciente ao um hospital particular. Marcos foi medicado e acabou se ‘acalmando’.
Adriano afirma que não tem recursos para pagar a conta do hospital particular e provavelmente terá que emprestar dinheiro pra isso e disse esperar que o HM assuma esse custo uma vez que a fuga do hospital se deu por uma falha da própria instituição. “Não tinha como ele ficar sozinho do jeito que tava”, afirma.