O advogado Luis Geraldo Gomes dos Santos, que defende o gerente de restaurante Sérgio Muller, acusado de atirar na caminhonete do juiz César Bassan, em Sinop, e ter atingido sua coluna, encaminhará o pedido de hábeas corpus ao Tribunal de Justiça na próxima semana. Ontem, Sérgio, Cleiton Lopes dos Santos e Fábio Tavares Rubim, também acusados de participação no atentado, prestaram depoimento ao juiz Clóvis de Mello.
Em entrevista ao Só Notícias, o advogado disse que não há elementos para decretar prisão preventiva de Sérgio. “O Sérgio é um réu primário, com excelentes antecedentes, não representa perigo à sociedade. O que ocorreu foi um fato isolado na vida dele. Então não há o que justifique a prisão”, explicou. Ele acrescentou que um pedido já foi feito ao TJ no logo após a prisão do gerente, mas foi negado.
Sergio apresentou-se na delegacia, um dia após o atentado contra Bassan, e teria confessado que atirou contra o magistrado, após um desentendimento de trânsito. Ele estava com Cleiton e Fábio. O juiz saía de uma lanchonete na avenida Julio Campos, em sua caminhonete. Quando chegou na faixa de pedestre os três entraram e o juiz parou.
Sérgio, que estaria embriagado, e os dois comparsas seguiram o juiz em outra caminhonete e acabaram colidindo, momento em que Sérgio deu cinco tiros no veículo e um projétil atingiu o magistrado.
O crime aconteceu no dia de 30 janeiro, quando Bassan, que é juiz da 5ª Vara Criminal em Cuiabá, esta passando as férias em Sinop na casa de familiares e em suas fazendas.
Os três também foram denunciados pelo Ministério Público por tentativa de homicídio duplamente qualificado – motivo fútil e por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, e devem ser julgados em júri popular.