O Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) recebe até final do mês as comunicações de vacinação contra brucelose no Nortão. A declaração é referente a segunda etapa da campanha de 2006, que encerrou em dezembro. A vacina é destinada à todas as fêmeas de 3 a 8 meses.
Em Sinop, até o momento, o instituto confirmou a vacinação de 70% do rebanho de 8 mil cabeças e espera que esse índice aumente até o encerramento do mês. Já em Lucas do Rio Verde, a meta é atingir cerca de duas mil fêmeas.
O chefe do Indea em Sinop, Dinarti Victor Almeida, alertou que a primeira etapa de 2007 iniciou este mês e encerra em junho. Ele destacou que os índices de vacinação devem aumentar, já que novas regras serão aplicadas e a não imunização pode resultar em punições.
“Após o encerramento da campanha faremos vistorias nas propriedades que não declararem a vacinação”, complementou. Os animais que não forem vacinados contra a doença não terão autorização de abate e os pecuaristas serão punidos. A vacinação contra brucelose é obrigatória desde 2003, mas não resultava em multas e bloqueios para quem não a realizasse. Ela é feita em dose única e todos os anos são realizadas duas etapas da campanha.
A brucelose é uma doença que atinge o sistema reprodutor das fêmeas causando aborto, esterilidade e infertilidade. O controle da doença no macho é feito através de exames. A partir do momento em que a doença é diagnosticada, o macho vai para o abate e o órgão genital é descartado.
Nas pessoas que ingerem a carne contaminada também causa dores musculares, renais e de próstata. A descontaminação é feita com antibióticos. A maior forma de contaminação da doença se dá por fetos abortados, descargas vaginais de fêmeas infectadas e alimentos contaminados.