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Parte dos taxistas de Sinop não usa taxímetro nas corridas e tabela está sem reajuste há mais de 2 anos

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Enquanto a maioria das grandes cidades já conta com os aplicativos de transporte, o que aumenta a concorrência com os táxis, melhora a qualidade da prestação do serviço de ambos e reduz os preços para o consumidor, em Sinop as  opções são o táxi e mototáxi. Uma parte dos taxistas não está usando taxímetro, cobrando valores fixos para determinadas 'corridas'que variam de R$ 15 para deslocamentos em locais no centro e até R$ 50 até o aeroporto.

O uso do taxímetro é obrigatório em municípios com mais de 50 mil habitantes, de acordo com a lei federal 12.468/2011. Em Sinop, o transporte de taxi é regulado pela lei 884/2005 e os valores a serem cobrados estão no decreto 234/2015. A lei municipal estipula que o taxista deve cobrar o valor exato pela corrida, não esconder o taxímetro, não violá-lo, fixar tabela de preço e identificação do condutor em local visível e não recusar passageiros sem motivo justificado. Para todos os casos há previsão de multa que varia de R$ 39,45 a R$ 263 em caso de descumprimento.

O taxista Joel Justino Gonçalves, que tenta unir a classe num sindicato, admite que grande parte dos motoristas prefere não usar o taxímetro e confirma os valores apurados pelo Só Notícias. O problema, segundo ele, está na falta de reajuste da tabela, cujos valores foram aplicados em 2015. “De lá para cá já tivemos vários reajustes no preço do combustível. Muitos motoristas ainda usam o taxímetro, mas a maioria não quer usar. Agora, o taxímetro é um direito do passageiro e quando ele exige, tem que ligar. Se bem que tem muitos passageiros que preferem não usar o taxímetro, que pedem para não ligar”, afirma.

O último decreto estipula que a bandeirada (preço de largada) é de R$ 6,70. Na bandeira 1, durante a maior parte dos dias comuns, o preço do quilômetro rodado custa R$ 3,70 e na bandeira 2 (noite, finais de semana, feriados e estradas não pavimentadas), o custo é de R$ 5,40 por quilômetro. O taxista pode cobrar R$ 24 por hora parada e R$ 1,25 por volume que não couber no porta-malas.

O decreto ainda prevê que o valor mínimo de uma corrida é de R$ 15, o que não desobriga o uso do taxímetro. “Eu sei que já tem gente não aceitando esse valor e quer cobrar R$ 20. Eu sempre oriento para que cobrem 15 conforme está no decreto”, completou Gonçalves.

A secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos é a responsável pela fiscalização dos táxis em Sinop e já recebeu a reivindicação dos motoristas para fazer um novo decreto com os reajustes dos valores. A demanda foi encaminhada à prefeita Rosana Martinelli, mas não há previsão para a publicação de um novo documento.

Atualmente, existe cerca de 100 taxistas autorizados a rodar em Sinop. Todos os anos eles passam por vistoria da secretaria municipal, que emite o alvará autorizando o serviço, do Detran, que inspeciona o veículo, e do Inmetro, que confere o taxímetro. Denúncias de supostas irregularidades podem ser feitas pelo fone 153.

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