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Parentes das vítimas do vôo 1907 pedem informações e criticam Lula

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A associação que reúne parentes e amigos das vítimas do acidente aéreo com o Boeing da empresa Gol, em setembro do ano passado, no Nortão do Mato Grosso, divulgou hoje, uma nota em que critica a lentidão e a falta de informações sobre as investigações do acidente. O texto, que afirma que “as famílias estão indignadas com os últimos acontecimentos”, também censura o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No final de janeiro, a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907 solicitou uma audiência com o presidente. A entidade esperava obter informações a respeito das investigações sobre o acidente que vitimou 154 pessoas em 29 de setembro e questionar o presidente sobre a conduta adotada desde o início por todos os órgãos envolvidos.

“Infelizmente, para nossa decepção, nos foi informado que não há agenda disponível para receber as famílias”, diz a nota. Procurada pela reportagem da Agência Brasil no final da tarde de hoje, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República disse que só poderia responder sobre o assunto na segunda-feira.

A associação cobra o cumprimento do compromisso assumido, segundo a nota, pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, de autorizar que um perito indicado pelas famílias acompanhe as investigações. Também pede para ter acesso aos exames feitos nos pilotos do jato executivo Legacy, os norte-americanos Jan Paladino e Joseph Lepore, além das perícias feitas na aeronave.

A nota traz uma série de questionamentos. “Por que ficamos sabendo da parte da transcrição [da conversa entre os pilotos] do Legacy pela revista Veja e do restante só muito tempo depois pelo jornal Folha de S.Paulo? Por que a imprensa tem essas informações e as famílias não?”.

Os parentes das vítimas questionam as autoridades a respeito dos resultados da transcrição da caixa-preta do Boeing da Gol e perguntam por que foi ateado fogo ao que sobrou da fuselagem do avião, “eliminando a cena que está sob investigação”. A entidade também afirma que quase 4,5 toneladas de bagagem desapareceram.

A nota traz ainda uma consideração sobre o inquérito realizada pelo Comando da Aeronáutica: “Se o objetivo dessa investigação não é apontar culpados, porque não é designado outro órgão para nos dar as informações que queremos?”

O Comando da Aeronáutica informou que sua investigação visa apenas a aperfeiçoar a segurança de vôo a fim de evitar novos acidentes. Ainda assim, segundo a assessoria, todas as informações que podem ser repassadas aos familiares têm sido dadas nas reuniões mensais da Aeronáutica – a última delas aconteceu em 8 de fevereiro. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica também diz manter uma central de atendimento aos familiares com o fim de atender às necessidades dos parentes das vítimas.

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