O papa acaba de celebrar em São Paulo, no Campo de Marte, a santa missa de canonização de Frei Galvão, primeiro santo brasileiro. No início da cerimônia, o cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação das Causas dos Santos, fez um histórico da vida do novo santo, acompanhado do arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, e da postuladora da causa da canonização do frei, irmã Célia Cardorin.
Em seguida, o papa Bento XVI declarou santo o beato Antônio de Sant’Ana Galvão, e determinou a inserção de seu nome na lista de santos da igreja católica, estabelecendo que ele seja adorado em todas as igrejas.
Em seguida, as relíquas de frei Galvão foram levadas ao altar por Sandra e Enzo Gallafassi, que teriam recebido a graça do santo. Os sacerdotes levaram, então, três símbolos que sintetizam a vida de frei Galvão: um cordão franciscano; um cálice, que remete ao ministério sacerdotal, e a colher de pedreiro, lembrando que o santo ajudou a construir o Mosteiro da Luz, em São Paulo. O anúncio do papa foi seguido pelo canto do hino dedicado a frei Galvão.
A canonização de frei Galvão é seguida de missa em homenagem ao novo santo. Mais de um milhão de pessoas acompanham a cerimônia. Natural de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, frei Galvão é o primeiro santo nascido no Brasil.
O papa fez o seguinte discurso durante a celebração: “Sim, não deixemos de louvar ao nosso Deus. Louvemos todos nós, povos do Brasil e da América, cantemos ao Senhor as suas maravilhas, porque fez em nós grandes coisas. Hoje, a Divina sabedoria permite que nos encontremos ao redor do seu altar em ato de louvor e de agradecimento. Nesta solene celebração eucarística foi proclamado o Evangelho no qual Cristo, em atitude de grande enlevo, proclama: “Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos” (Mt 11,25). Por isso, sinto-me feliz porque a elevação do Frei Galvão aos altares ficará para sempre emoldurada na liturgia que hoje a Igreja nos oferece.
Na omilía, Bento 16 criticou setores da mídia que ridicularizam o casamento: “Alegro-me que através dos meios de comunicação minhas palavras e as expressões do meu afeto possam entrar em cada casa e em cada coração. Tenham certeza: o papa vos ama, e vos ama porque Jesus Cristo vos ama. Devemos dizer não aos meios de comunicação social que ridicularizam a instituição do casamento e a virgindade antes do casamento”, afirmou.