A preservação da natureza, o respeito às leis e a defesa do matrimônio e da castidade foram os temas abordados pelo papa Bento XVI em seu discurso para jovens, ocorrido ontem à noite, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. O papa aconselhou-os a viver intensamente sua juventude, seguindo os ideais de fé e solidariedade. Lembrando o trecho do hino nacional “nossos bosques têm mais vida”, pediu aos presentes que se preocupem com a preservação da natureza.
“A devastação ambiental da Amazônia e as ameaças à dignidade de suas populações requerem um maior compromisso nos mais diversos espaços de ação que a sociedade vem solicitando”. Usando a mesma expressão do discurso feito ontem logo após sua chegada ao Brasil, Bento XVI pediu novamente aos jovens a promoção da vida “do início ao seu natural declínio”.
Destacou, ainda, a importância da castidade dentro e fora do casamento, ressaltando ser preciso fazer um sacrifício e resistir às “insídias do mal” que existem em muitos ambientes. A ressalva diz respeito a um dos preceitos da Igreja Católica: o de que o sexo tenha a função da procriação. Nesse sentido, o papa também pediu que os jovens tenham respeito pelo matrimônio, cuidem das famílias e dos idosos.
Ele também destacou a importância de respeitar as leis, de trabalhar com seriedade e de não se deixar levar pelo ódio e pela violência. Por fim, encerrou suas palavras com saudações em espanhol, francês e inglês. Ao chegar ao estádio do Pacaembu, o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, destacou o significado de o primeiro encontro público de Bento XVI na América Latina ser com os jovens.
Rodrigo Mendes Rosa, que falou em nome da juventude católica brasileia, lembrou a dificuldade que muitos enfrentaram, inclusive estrangeiros, para chegar a São Paulo. “Temos certeza de que todo esforço necessário foi pequeno diante da grandiosidade deste momento”.
Após o pronunciamento, ele recebeu um abraço de Bento XVI. Depois dos discursos de boas-vindas, os jovens que estavam no Pacaembu cantaram o Cântico das Criaturas.