Mais de cinco mil pessoas foram à Arena Pantanal, ontem à noite, para assistirem a palestra do jornalista Iberê Thenório, criador do canal no Youtube "Manual do Mundo". O evento faz parte da 13ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, coordenado pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec).
O jovem Gustavo Miralha Palma Gomes de Arruda, de 10 anos, foi acompanhado do pai ao local. “Passei a gostar mais de ciências, entre outras curiosidades, por causa do Youtube e pelas postagens do Manual do Mundo. Então, eu não podia perder essa oportunidade”.
Para o jornalista Iberê, o alto número de visualizações no seu canal e o surpreendente público da palestra realizada em Cuiabá, se dá pela linguagem adequada aos jovens. Com mais de 1 bilhão de visualizações e 6 milhões de inscritos no youtube, ele acredita que a rede social pode, sim, ser o futuro para a formação de novos cientistas, por despertar curiosidades e interesses diversos nos jovens.
“A ciência é uma continuação da educação, e o que aconteceu foi que o Manual do Mundo surgiu porque a gente percebeu que as pessoas podiam aprender e ensinar muito melhor no Youtube. Ele dava ferramentas que não existiam até então, você podia parar, explicar, compartilhar, comentar e tudo isso trouxe um jeito novo de ensinar e aprender. Prcebemos isso bem cedo e foi uma coisa legal. Assim nasceu o Manual do Mundo, e é por isso que eu acho que existe um lugar imenso para se explorar na área da educação, para as pessoas aprenderem coisas novas, terem notícias de divulgação científica de um jeito completamente diferente”.
A reposta do público foi impressionante. Assim que o jornalista subiu no palco para testar o som, já começou a ser questionado pelos jovens e iniciou um debate que durou mais de meia hora. Depois o youtuber voltou para realizar a palestra. “Eu acho muito legal existir a semana de Ciência e Tecnologia, porque é bom as pessoas virem aqui e verem de perto.Os mais jovens não sabem o que é um cientista, o que é ciência, então vindo aqui e entendendo o que a ciência cria e como é trabalhar com tudo isso”.