Está programado para ser retomado, esta manhã, o julgamento dos acusados nos assassinatos de Ademir Marques Ramos, Luiz Carlos Andrade dos Santos e João Batista da Silva, ocorridos em janeiro de 1988, em Juara (300 km de Sinop). Desta vez, devem sentar no banco dos réus Gelson Alves de Andrade, Milton Gasparini Moreira, David Alves da Silva, Evaldo José de Oliveira e Sebastião Teroso. Eles foram denunciados pelo Ministério Público e o júri ocorre em Sinop após ser aceito pedido de desaforamento.
O caso ficou conhecido como “chacina de Juara”. As vítimas, que eram acusadas de um latrocínio ocorrido no mesmo município dias antes do crime, foram mortas entre a noite entre os dias 15 e 16 de janeiro, a golpes de facão, faca, foices, marretas, machados e pedaços de pau.
Os cinco réus, são acusados de, juntamente com outras pessoas, terem invadido a cadeia de Porto dos Gaúchos, rendido o carcereiro, e torturado os três presos que foram levados até Juara, onde acabaram sendo mortos. Tiveram seus corpos pendurados, de cabeça pra baixo, em uma espécie de trave de campo de futebol que foi construída na praça. De acordo com o processo, Ademir, Luiz e João foram localizados pouco depois de roubarem e matarem o taxista João Batista Câmara, no dia 12 de janeiro. Na ocasião, foram perseguidos pelos policiais, presos e recambiados, em seguida, para a cadeia de Porto dos Gaúchos “justamente para evitar o linchamento” por parte da população, que estava revoltada com o caso.
O julgamento começou na última semana. Gilberto Batista Câmara, Aparecido Dias do Nascimento e José Marcolino Alves acabaram absolvidos, por decisão dos jurados.
O magistrado da primeira vara criminal de Sinop, João Manoel Pereira Guerra, conduzirá a sessão.