Representantes de algumas entidades e de moradores do Jardim Primaveras estão organizando um abaixo-assinado cobrando que o novo terminal rodoviário não seja construindo em uma área no cruzamento das avenidas dos Jacarandás com Palmeiras, a cerca de 500 metros da BR-163. Segundo o documento, eles defendem que o terminal seja construído em outro local mais afastado do centro da cidade, já que não houve um estudo de impacto de vizinhança.
De acordo com o advogado que representa as entidades, Diego Gutierrez de Mello, o documento será entregue, nos próximo dias, para a prefeitura. “Além do colégio particular, os moradores também não querem a obra naquele local. Nós vamos fazer uma movimentação na câmara e provocar os vereadores para que possamos ganhar força com esse movimento”.
Segundo o a advogado, será contestada, juridicamente, a falta de estudo atual de impacto de vizinhança. “Entendemos que uma obra dessa grandiosidade deveria existir esse estudo. Aquele local está destinado para construção da rodoviária há 30 anos. Sinop agora é outra realidade. Este estudo de impacto de vizinhança não foi feito. É necessário para gerar uma nova discussão do que é preciso ser traçado. Os moradores precisam ser ouvidos. Sabemos que tem uma empresa vencedora da licitação, mas não houve divulgação", disse, Mello.
A assessoria da prefeitura informou, ao Só Notícias, que ainda não houve entrega de nenhum documento assinado pelos moradores. Apenas que houve um encontro entre a prefeita Rosana Martinelli (PR) com as irmãs de uma ordem religiosa que coordenam uma escola particular, vizinha ao imóvel destinado para construir a rodoviária. Houve um processo licitatório, ano passado, e está em tempo hábil ainda da obra. Já a empresa responsável pela construção do terminal informou, que está apurando as informações, mas garante ter o aval das autoridades para dar andamento nas obras.
Conforme Só Notícias já informou, a prefeitura autorizou a concessão do terminal rodoviário, em setembro do ano passado. O local será administrado através de um consórcio composto por duas empresas de prestação de serviço, geotécnica e construção e outra do setor de empreendimentos imobiliários. A terceirização ocorreu através da modalidade concorrência pública. As empresas serão responsáveis pela construção, operação, administração, manutenção, exploração comercial e da gerência do novo terminal rodoviário. O contrato de concessão é de 25 anos.
De acordo com a empresa, o prédio terá 25 mil metros quadrados. Serão dois pavimentos com um shopping de negócios, um supermercado, praça de alimentação, quatro salas de cinema, juizado da infância e da juventude, assistência social, brigada de incêndio, vigilância. A previsão de investimento é que serão investidos R$ 60 milhões.
Em troca do investimento, a empresa terá o direito de administrar a rodoviária por 25 anos, podendo ser prorrogado por mais 25. Isso significa que todo o dinheiro arrecadado com a taxa de embarque, que será de R$ 2,75 de acordo com a licitação e também do aluguel dos espaços comercias, ficarão com a empresa por esse período.