Em reunião com os secretários de segurança e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na última sexta-feira, em Salvador, foram apresentadas algumas medidas para aproveitar todo o legado deixado pela Copa na área da Segurança Pública no Brasil. Uma das propostas feitas pelo Ministro da Justiça é a normatização das ações dos Centros Integrado de Comando e Controle, para disciplinar o funcionamento do espaço tecnológico em todo país.
“Vamos fazer essa normatização para atuarmos em conformidade em todos os estados”, falou. Na oportunidade, Cardozo elogiou o funcionamento dos Centros Integrado de Comando e Controle (CICC) em todas as cidades-sede, um dos maiores legados tecnológicos da Copa para a Segurança Pública. “Todos funcionaram muito bem. As ações foram desencadeadas com sucesso”, observou.
Na reunião, os gestores das secretarias de Segurança de cada estado falaram sobre a atuação de seus profissionais durante o período da Copa do Mundo. Gestor da Pasta em Mato Grosso, o secretário Alexandre Bustamante dos Santos pontuou as ações do CICCR/MT reforçando que o Centro será utilizado nas eleições deste ano.
“O local tem condições físicas e tecnológicas para ser utilizado durante o pleito eleitoral deste ano. O Centro dispõe de alta tecnologia de videomonitoramento e ferramentas de gerenciamento que auxiliam nas operações de segurança pública em grandes eventos, que poderão ser utilizados pelos profissionais de segurança pública e os juízes eleitorais para o combate aos crimes eleitorais”, enfatizou.
Outra medida destacada pelo Ministro foi o início de um planejamento integrado das forças de segurança nas fronteiras dos estados, aproveitando o legado que foi deixado pela Copa do Mundo. “Se conseguirmos manter a integração das forças estaduais e interestaduais na região de fronteira teremos um salto de qualidade histórico na segurança pública”, sublinhou Cardozo.
Sequencial à fala do ministro, o secretário Alexandre Bustamante pontuou as ações integradas já desencadeadas na fronteira entre Mato Grosso e a Bolívia, como a operação Ágata e demais ações conjuntas deflagradas pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron) com apoio das forças federais na região, que somente na primeira quinzena do mês de julho já resultou na apreensão de 48 quilos de entorpecentes.
“Agora a intenção é conectar o recebimento das imagens do sistema de videomonitoramento das cidades de fronteira ao Centro Integrado de Comando e Controle Regional, para que assim possamos melhorar a atuação das polícias na fronteira e, especialmente, o trabalho da Inteligência, combatendo com mais eficácia aos crimes transfronteiriços”, disse Bustamante.
Segundo o Ministro, a atuação dos Centros de Comando dentro do Plano Estratégico de Fronteiras vai corroborar para o fortalecimento do combate ao narcotráfico, crime típico de fronteira. “Rio Grande do Sul, Paraná, Amazonas e Mato Grosso são os estados de fronteira que possuem a estrutura do CICC, podendo contar com essa ferramenta para apoio nas ações de fronteira”, falou.
“Vamos utilizar também a Plataforma de Observação Elevada, o imageador aéreo e as câmeras de videomonitoramento já instaladas em diversos municípios de fronteira para esse reforço no combate ao crime. Com o incremento dessas tecnologias, teremos um plano técnico mais avançado para o problema das fronteiras do Brasil, que afeta a segurança pública de todos os estados brasileiros”, completou o ministro.