A Operação Salus, que iniciou no dia 28 de setembro, em Mato Grosso, a pedido da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e vem sendo dirigida pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal, com apoio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), já computa uma tonelada de medicamentos irregulares apreendidos. Apresentam violação do lacre, falta de registro e autorização da Anvisa para comercialização, prazo de validade vencido e falta de autorização para comercialização no Brasil (medicamento contrabandeado).
Ontem em Mirassol D’Oeste foram inspecionadas 12 farmácias e em todas elas foram encontradas irregularidades. Duas foram lacradas e o proprietário de uma preso. A operação durou quatro horas, sendo dirigida pela procuradora da República, Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro, e o delegado Adilson Batista Bezerra, da Polícia Federal.
Equipes também seguiram ao distrito de Caramujos, em Cáceres, onde foram lacradas mais duas farmácias sendo os proprietários presos em flagrante delito. Foram encontrados anabolizantes de venda irregular, medicamentos contrabandeados e até um miniconsultório odontológico, que funcionava sem qualquer condição de higiene.
As equipes do MPF e da PF receberam denúncias de que havia venda de produtos irregulares em postos de gasolina e lanchonetes. Verificaram que estavam sendo comercializados CDs piratas numa lanchonete local. Como o delito configura crime federal o MPF e a Polícia Federal lacraram a lanchonete.
Num posto de gasolina foram encontrados, ainda, medicamentos contrabandeados (anabolizantes) sem autorização para serem comercializados dentro do país. O delito também configura crime federal o que resultou no lacre do posto de gasolina. Já o proprietário do posto foi preso porque estava usando uma arma e não tinha autorização da PF (Porte de Arma) para isso.
Em Mirassol D’Oeste as equipes da Anvisa, da Polícia Federal e da SES receberam o reforço de uma equipe da Polícia Civil. Algumas das prisões feitas sofreram relaxamento posterior.
A desfaçatez dos comerciantes, especialmente os que comercializavam medicamentos fitoterápicos, deixaram surpresos os policiais, segundo o delegado da Polícia Federal, Adilson Batista Bezerra. “Num caso, por exemplo, os transgressores comercializavam mel engarrafado numa garrafa de vodka smirnoff, com lacre falso e adesivo com número de registro falsificado”, comentou.