De janeiro a outubro deste ano, 465 servidores federais foram expulsos da administração pública. O número é considerado recorde na comparação com o mesmo período dos últimos oito anos. Deste total, 11 expulsões aconteceram em Mato Grosso.
Porém, é menor do registrado ano passado, quando 49 servidores perderam suas funções, no Estado. A principal causa das exonerações está desvios de conduta, como corrupção. Os dados são da Controladoria-Geral da União (CGU).
Das 465 exonerações, 386 foram de pessoas que ocupavam cargo efetivo, 46 de cargo em comissão, e 33 cassações de aposentadoria. O valimento do cargo para obtenção de vantagens foi o motivo da maior parte das expulsões (1.831 casos), representando 31,7% do total. A improbidade administrativa vem logo a seguir, com 1.110 casos (19,2%). Outros 316 servidores (5,4%) foram expulsos por terem recebido propina. Não há o detalhamento destes números por estados.
De acordo com a assessoria de imprensa, embora a grande maioria (56,6%) dos casos de expulsão esteja relacionada à prática de corrupção, há casos vinculados a outros problemas: 501 servidores (8,6%) foram expulsos por abandono do cargo, 281 (4,8%) por desídia (preguiça, desleixo), e quase 30% foram classificados como “outros motivos”. Os dados constam de levantamento realizado pela CGU e divulgado nesta sexta-feira (4), no site da instituição.