Sem número de vagas adequado para acolher adolescentes infratores do Estado, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) ainda não reiniciou as obras no centro socioeducativo de Várzea Grande e a estrutura está cada vez mais depredada. Em setembro de 2013, o órgão afirmou que os nove prédios abandonados estariam prontos para uso em dezembro do mesmo ano.
Quando lançada a obra, em setembro 2010, o governo do Estado anunciou que a unidade destinada a adolescentes infratores seria modelo para todo o país. O projeto atende às exigências do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e seria construído de forma diferenciada, contendo “dormitórios, cozinha, refeitório, lavanderia, área para os profissionais da saúde, centro ecumênico, piscina semi-olímpica, escola, quadra coberta e de areia, além de oficinas para capacitação e ressocialização dos adolescentes”, conforme descrito pelo poder público em 2010.
Os prédios chegaram a ser edificados, mas foram abandonados pela empreiteira, que alegou falta de recebimento e consequente incapacidade financeira para terminar as obras. A falta de segurança no local propiciou a depredação dos imóveis, que tiveram todas as esquadrias e telhados arrancados, como foi denunciado pelo jornal A Gazeta em setembro passado. Com a exposição da estrutura ao tempo, a situação agravou e agora as paredes apresentam infiltrações e o mato toma conta da área não construída. Dentro dos cômodos a água empossada vira criadouro de mosquitos.