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OAB Sinop acompanha caso de pedreiro agredido e morto por soldado

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A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Sinop está acompanhando o caso do assassinato do pedreiro Tiago Rodrigues dos Santos, 22 anos, morto sábado à noite, após ser detido e espancado pelo soldado Evanildo Lopes. O presidente da Comissão dos Direitos Humanos, Denovan Izidoro de Lima, está encarregado do acompanhamento das investigações. “Estive ontem na delegacia civil tratando com o delegado sobre o inquérito, os depoimentos e analisar as versões apresentadas”, explicou, ao Só Notícias. “O papel da comissão é evitar que haja privilégios”, enfatizou.

Ele disse que, mesmo se o soldado não se apresentar nos próximos dias, pode ser dada continuidade ao inquérito, ouvindo os outros envolvidos mesmo e que existe a possibilidade de ser pedida a prisão preventiva do soldado Evanildo. “Não há um prazo determinado para apresentação, mas pelo fato de ser um policial, subentende-se que entre 3 a 4 pós-crime ele se apresente. Depois disso, o delegado pode pedir sua prisão”.

Na esfera civil, Denovan explicou ainda que, perante a constituição, a família pode entrar com um processo de indenização por danos morais ao Estado, já que o crime ocorreu dentro de uma repartição pública e os acusados são funcionários públicos.
A família de Tiago pediu, ontem à tarde, apoio do Ministério Público para que sejam tomadas providências.

Tiago dos Santos e o irmão Dione foram presos pela guarnição comandada pelo aspirante Alexandre Dallacqua sob argumento que houve chamado no fone 190 que elementos em um Palio cinza haviam, supostamente, feitos disparos contra o soldado Evandro, que estava a paisana, e amigos em uma rua. Os suspeitos foram levados à delegacia e, em um dos boletins de ocorrência, consta que o soldado entrou, enfurecido, e deu um golpe em Tiago, que estava algemado, e acabou morrendo no Pronto Atendimento. O irmão de Tiago, Dione Santos, afirma que eles foram espancados pelos soldados. No boletim de ocorrência, consta que o aspirante apenas ” empurrou” o soldado para ” fora da sala” após a violenta agressão ao pedreiro, ao invés de prendê-lo.

Laudo do IML apontará se o pedreiro, que era casado e tinha um filho de 3 anos, foi torturado antes de morrer.

(Atualizada às 13:01hs)

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