A diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT) emitiu nota, esta tarde, apontando algumas preocupações em relação ao desdobramento da operação Ararath, da Polícia Federal. Na semana passada, a ação culminou com a prisão do deputado estadual José Riva (PSD) – já liberado, do ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, 30 mandados de condução coercitiva (no qual a pessoa é levada para depor e depois liberada) e pelo menos 59 mandados de busca e apreensão, alguns deles na Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público Estadual (MPE), prefeitura de Cuiabá e residências do prefeito Mauro Mendes (PSB) e do governador Silval Barbosa (PMDB).
O documento aponta a “preocupação quanto aos fatos até aqui desnudados pela operação Ararath, os quais fazem recair a suspeita de práticas de crimes gravíssimos sobre membros do Poder Executivo, do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público Estadual”.
Mesmo com esta preocupação, a entidade manifesta “apoio incondicional ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal para que prossigam na persecução criminal, atuando de forma livre e eficiente, sempre respeitando o devido processo legal e o princípio da legalidade”.
Aponta também que está acompanhando todo o procedimento da operação e requisitará cópia do processo, além de “deixar claro, com toda a veemência que o caso requer, que assim como todos os setores da sociedade, não mais suporta tanta suspeita recaindo sobre a classe política e sobre membros dos poderes constituídos, os quais deveriam atuar dentro dos limites dos interesses republicanos”.