A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mato Grosso lançou, nessa sexta-feira, em Cuiabá, o movimento “Ensinar Direito”, organizado pelas comissões de Ensino Jurídico e de Exame de Ordem, com o objetivo de melhorar e resgatar a qualidade de ensino e o desempenho dos acadêmicos na prova que qualifica o profissional da advocacia. A idéia, segundo Jenz Prochnow Júnior, visa a aproximação com as instituições de ensino detectando os possíveis problemas e sugerindo soluções”.
Jenz explicou que o movimento pretende realizar um grande debate reunindo todos os segmentos do ensino, como professores e acadêmicos, além da própria direção da instituição, para conhecer os anseios e as dificuldades da classe. “A partir de um diagnóstico individualizado da situação de cada faculdade, os membros das comissões pretendem contribuir para o resgate do ensino jurídico em Mato Grosso e com a melhora no nível de aprovação no exame de Ordem”, explicou o presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem, Daniel Paulo Maia Teixeira.
O projeto da campanha está dividido em várias etapas. Inicia-se com trabalho entre os presidentes de Centro Acadêmicos das universidades de direito, depois serão ouvidos os professores, e, na seqüência, haverá apresentação de um diagnóstico individualizado de cada faculdade e por fim, uma audiência pública onde serão apresentadas as sugestões para os possíveis problemas. “Esse projeto é inédito e pretendem fomentar a discussão direta com os profissionais da educação”, afirmou Daniel Teixeira.
O movimento fará também uma análise dos planos de ensino, das grades curriculares, do quadro de professores e dos alunos visando às adequações exigidas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e pela Ordem dos Advogados do Brasil Nacional. Atualmente Mato Grosso possui 28 instituições de ensino que oferecem curso de Direito.
O presidente da OAB, Francisco Faiad, também pediu, durante a solenidade, o engajamento de todos os segmentos do ensino jurídico nesse amplo projeto. Ele destacou que a unificação do Exame de Ordem acabou por expor as entranhas do ensino jurídico em Mato Grosso, com a aprovação inferior a 14% dos inscritos. “Penso que esse seja um assunto que interessa a todos”, acentuou.